Situações de aguda crise, como a recessão global ocorrida entre os anos 2007 e 2008 e a que enfrentamos no contexto atual da pandemia provocada pelo Sars-CoV-2, são momentos históricos nos quais as contradições e as falácias do neoliberalismo ficam escancaradas. Isso ocorre, entre outros motivos, porque nessas situações o Estado desponta como o único agente capaz de efetivar medidas corretivas de amplo alcance, em detrimento do ideário neoliberal, que exalta o individualismo e submete todos os aspectos da vida à lógica da competitividade de mercado. Contudo, especialmente a partir da crise financeira de 2008, muitos pesquisadores têm observado que o neoliberalismo tem mecanismos de defesa por meio dos quais instrumentaliza os próprios elementos dos quadros de crise para reforçar suas doutrinas. Assim, este artigo tem como objetivo analisar a centralidade do receituário neoliberal nas ações do governo Bolsonaro no decorrer desses últimos meses de enfrentamento à Covid-19. Para tanto, a partir da perspectiva da “história do tempo presente”, recorremos às falas e principais manifestações do atual presidente reproduzidas em jornais, revistas e sites noticiosos que as publicam. Priorizamos as mídias que não exigem assinatura para acesso às reportagens, em razão da maior abrangência, e as que não estão no radar das denúncias de notícias falsas (fake news), conforme o reconhecido instrumento de monitoramento Sleeping Giants. E como a pandemia ainda está em desenvolvimento, fizemos um recorte específico, entre os meses de março e junho de 2020.
O presente artigo objetiva a investigação do ensino de História para alunos surdos incluídos na escola pública estadual Álvaro Adolfo da Silveira, na cidade de Santarém-PA. Nesse sentido, buscamos especificamente através das práticas investigativas, conhecer as ações e metodologias adotadas pelos professores voltadas ao ensino de História para surdos; refletir sobre o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na sala de aula como primeira língua do aluno; verificar a relação dos professores da sala de aula regular com a sala do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Dessa forma, procuramos criar novos olhares e significados aos sujeitos surdos, pautados no seu processo de ensino-aprendizagem, em concordância com suas diferenças políticas, culturais e linguísticas. Buscamos aporte teórico em autores como Quadros (1997), Perlin (2002), Lopes (2005, 2007), Seffner, Pereira (2008), Verri, Alegro (2006) e parte das políticas públicas que tratam sobre a Educação Especial e Educação Inclusiva. Como resultado, percebe-se a necessidade de oferta de formação continuada na área da educação inclusiva para que os docentes possam planejar as aulas a partir de estratégias e metodologias de ensino voltadas às diferenças do sujeito surdo, bem como a aproximação AEE para planejamento de tais estratégias. Assim, podemos estabelecer uma equidade no ensino dos sujeitos surdos, principalmente através das práticas do ensino de História por meio do ensino bilíngue na perspectiva da educação inclusiva.
Muitos estudos já analisaram o impacto do neoliberalismo nos sistemas de ensino superior no Brasil e em outros países. O tema, contudo, continua atualíssimo, até mesmo porque uma das características mais marcantes do ideário neoliberal é sua capacidade, diante de injunções históricas, de adaptação. Assim, este artigo tem como objetivo apresentar alguns debates teóricos sobre o neoliberalismo e analisar os principais estratagemas de interferência da dogmática neoliberal na organização das instituições públicas de ensino superior, reconhecendo que essa intervenção, à vista do que preveem os manuais neoliberalizantes, é uma obra ainda longe de estar completa e que tende, no atual contexto, a se aprofundar. Buscaremos, por fim, apontar algumas estratégias de confrontação cotidiana ao gerencialismo neoliberal no espaço universitário a partir de ações coletivas pautadas por um fazer pedagógico crítico e emancipador.Palavras-chave: Neoliberalismo. Ensino superior. Formas de resistência.Neoliberalism in University Education: “surviving in the ruins”ABSTRACTMany researches have already analyzed the impact of Neoliberalism in the university education apparatus in Brazil and many other countries. Nevertheless, the subject remains very current, because one of the most remarkable characteristics of the neoliberal ideology is its capacity of adaptation in face of historical impositions. Thus, this article aims to present some theoretical debates about Neoliberalism and to analyze the main stratagems of disruption used by the neoliberal dogma in the organization of public institutions of higher education. It acknowledges the fact that this intervention is a work in progress, far from being complete, and which tends to be enhanced in the current context, regarding what the neoliberalizing manuals envision. Finally, we intend to indicate some strategies of ordinary confrontation with the neoliberal managerialism in the academic environment, stemming from collective actions ruled by critical and emancipatory pedagogical practice.Keywords: Neoliberalism. University education. Forms of resistance.El neoliberalismo en la Educación Superior: “sobreviviendo en las ruinas”RESUMENMuchos estudios ya analizaron el impacto del neoliberalismo en los sistemas de enseñanza superior en Brasil y en otros países. El tema, sin embargo, sigue siendo actual, incluso porque una de las características del ideario neoliberal es su capacidad, ante las imposiciones históricas, de adaptación. Así, este artículo tiene como objetivo presentar algunos debates teóricos sobre el neoliberalismo y analizar los principales estratagemas de interferencia de la dogmática neoliberal en la organización de las instituciones públicas de enseñanza superior, reconociendo que esa intervención, a la vista de lo que prevean los manuales neoliberales, es una obra aún lejos de estar completa y que tiende, en el actual contexto, a profundizarse. Buscaremos, por fin, apuntar algunas estrategias de confrontación cotidiana al gerenciamiento neoliberal en el espacio universitario a partir de acciones colectivas pautadas por un hacer pedagógico crítico y emancipador.Palabras clave: Neoliberalismo. Enseñanza superior. Formas de resistencia.
O presente capítulo objetiva a investigação do ensino de História para alunos surdos incluídos na escola pública estadual Álvaro Adolfo da Silveira, na cidade de Santarém-PA. Nesse sentido, buscamos especificamente através das práticas investigativas, conhecer as ações e metodologias adotadas pelos professores voltadas ao ensino de História para surdos; refletir sobre o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na sala de aula como primeira língua do aluno; verificar a relação dos professores da sala de aula regular com a sala do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Dessa forma, procuramos criar novos olhares e significados aos sujeitos surdos, pautados no seu processo de ensino-aprendizagem, em concordância com suas diferenças políticas, culturais e linguísticas. Buscamos aporte teórico em autores como Quadros (1997), Perlin (2002), Lopes (2005, 2007), Seffner, Pereira (2008), Verri, Alegro (2006) e parte das políticas públicas que tratam sobre a Educação Especial e Educação Inclusiva. Como resultado, percebe-se a necessidade de oferta de formação continuada na área da educação inclusiva para que os docentes possam planejar as aulas a partir de estratégias e metodologias de ensino voltadas às diferenças do sujeito surdo, bem como a aproximação AEE para planejamento de tais estratégias. Assim, podemos estabelecer uma equidade no ensino dos sujeitos surdos, principalmente através das práticas do ensino de História por meio do ensino bilíngue na perspectiva da educação inclusiva.
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