O objetivo deste estudo foi avaliar a colonização por Streptococcus agalactiae em gestantes e determinar a susceptibilidade aos antimicrobianos e o tipo capsular das amostras bacterianas isoladas. Foi avaliado um total de 114 gestantes de alto risco, atendidas no serviço de pré- natal do Hospital Universitário Antônio Pedro, Universidade Federal Fluminense, entre 1º de setembro de 2013 e 31 de agosto de 2014. Secreções vaginais/anorretais, coletadas com auxílio de swabs, foram cultivadas e as culturas positivas submetidas à identificação da espécie e à determinação do perfil susceptibilidade aos antimicrobianos pela técnica de difusão em agar e o tipo capsular por PCR-multiplex. A taxa de colonização foi de 6,1%, sem diferenças significativas entre as gestantes colonizadas ou não no que diz respeito a idade, grau de instrução e ocorrência de gestações anteriores. Por outro lado, a ausência de infecções bacterianas no momento da coleta foi significativamente associada à colonização por S. agalactiae. As amostras mostraram-se susceptíveis aos antimicrobianos ceftriaxona, clindamicina, eritromicina, levofloxacina, penicilina e vancomicina. Resistência à tetraciclina foi observada em 75% das amostras. Os tipos capsulares encontrados foram Ia (50%) e III (50%). A frequência de colonização por S. agalactiae foi inferior à observada em outros estudos, o que pode estar associado à clientela assistida nesta instituição. As amostras isoladas foram susceptíveis aos antimicrobianos recomendados para a profilaxia da infecção neonatal. Tais amostras albergaram os determinantes genéticos de tipos capsulares associados às infecções neonatais. Estes resultados realçam a necessidade do contínuo monitoramento da colonização a fim de se prevenir a infecção esteptocócica neonatal.
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