Cuando en diciembre de 2001 el estallido del modelo neoliberal en Argentina puso los ojos del mundo en los grandes movimientos sociales surgidos o potenciados en el contexto de la enorme crisis que el país atravesaba, activistas y académicos de los países centrales, generalmente vinculados al movimiento antiglobalización, vieron con interés uno de los más llamativos y esperanzadores de esos movimientos, las fábricas ocupadas por sus obreros o, más propiamente, las empresas recuperadas por sus trabajadores. Aunque sabemos que los casos de autogestión obrera en el marco de empresas y fábricas quebradas, vaciadas o abandonadas por sus patrones no carecían de antecedentes históricos, tanto en Argentina como en otras partes del mundo, era la primera vez que se convertían, por lo menos en los últimos decenios, en un movimiento con características e identidad propias.
Diferentemente das experiências históricas mais conhecidas e radicais que emergiram em contextos de crise revolucionária, as empresas recuperadas pelos trabalhadores (ERTs) que emergiram na Argentina constituem processos que respondem às transformações regressivas da própria economia capitalista. O estágio da globalização neoliberal levou à expulsão de milhões de trabalhadores das relações salariais na América Latina. A autogestão e a auto-organização produtiva, mesmo nesse cenário desfavorável, representam uma resposta ativa da classe trabalhadora a essa situação. Como as ERTs, os bachilleratos populares (BPs) surgem em resposta à crise causada pela implementação de políticas neoliberais. A maior parte dos BPs que se articulam com ERTs foi promovida pela Cooperativa de Educadores e Pesquisadores Populares (CEIP). Essa cooperativa foi criada pela Equipe de Educação Popular, composta por professores e alunos da Universidade de Buenos Aires, que desde 1998 vem organizando espaços educativos em e com organizações sociais a partir da perspectiva da educação popular.
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