O bloqueio da bainha do músculo reto abdominal se da pela aplicaçãode um anestésico local entre as fibras do músculo reto abdominal e a fáscia ventral do mesmo,visando fornecer analgesia para cirurgias em região abdominal. Tendo em vista que a técnica do bloqueio da fáscia do músculo reto abdominal não é difundida em medicina veterinária, o presente trabalho planeja comparar a dispersão do azul de metileno, representando hipoteticamente a bupivacaína na musculatura e nos nervos da parede abdominal de cadáveres de cães com a dispersão do anestésico local em animal vivo. O estudo foi realizado primeiro em cadáver para posteriormente ser testado na rotina clínica. Na primeira etapa foram utilizados dois cadáveres de cães adultos machos, da raça Cocker Spaniel, provenientes do laboratório de anatomia veterinária do Centro Universitário São Judas Tadeu – Campus Unimonte, corando-se separadamente os dois lados do músculo reto abdominal de cada cão com solução de azul de metileno e água para injeção na proporção de 1:4, respectivamente, nos volumes totais de 10mL para o primeiro cadáver e 12mL para o segundo, em cada hemeabdômen. A segunda etapa foi realizada em um cão adulto macho, da raça Shih-Tzu, proveniente de uma clínica particular em Santos – SP, submetido a correção cirúrgica de hérnia umbilical, utilizando 10mL (2mg/kg) de Cloridrato de Bupivacaína 0,25% em cada lado do abdômen. Ambas as soluções, tanto a solução de azul de metileno quanto a de anestésico local, obtiveram resultados semelhantes, atingindo os nervos intercostais (T10, T11 e T12), costoabdominal (T13), ílio-hipogástrico cranial (L1), ílio-hipogástrico caudal (L2), ílioinguinal (L3) e cutâneo femoral lateral (L4), bilateralmente. Com base nos resultados, sugere-se que esta técnica possa ser utilizada para analgesia de região mediana da parede abdominal em procedimentos em região abdominal cranial, abdominal média e abdominal caudal.
Traumas na medicina veterinária aviária são ocorrências comuns que frequentemente necessitam de intervenção cirúrgica. Associado à anestesia geral, a técnica de bloqueio do plexo braquial pode ser empregada no reparo de fraturas e danos teciduais. Objetivou-se avaliar a eficácia do bloqueio do plexo braquial no trans e pós-operatório em cirurgia de osteossíntese em úmero, realizada em um Gavião-asa-de-telha (Parabuteo unicinctus)após trauma. Foi recebido no Centro Médico Veterinário do Centro Universitário São Judas – Campus Unimonte, o animal encaminhado do CEPTAS (Centro de Pesquisa e Triagem de Animais Selvagens) para realização de osteossíntese em úmero diagnosticada por exame radiográfico. O bloqueio do plexo braquial foi a técnica de anestesia locorregional de escolha, realizada pelo acesso subescapular com bupivacaína a 0,375%, guiada pelo estimulador de nervos periféricos, instrumento auxiliar considerado o “padrão-ouro” para a localização de nervos e plexos nervosos. A destreza do anestesista e conhecimento anatômico da região associado a técnicas de anestesia locorregional, como a neuroestimulação com o estimulador de nervos periféricos, diminui riscos relacionados à técnica e promove aumento das chances de sucesso de bloqueio.
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