ResumoFoi verificada a influência da umidade e do pH do substrato de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze e de Dicksonia sellowiana Hook. sobre a riqueza, composição e estrutura comunitária dos epífitos vasculares no interior da Floresta Ombrófila Mista. Para o estudo da comunidade epifítica foram selecionados 20 forófitos de A. angustifolia e de D. sellowiana, inseridos em um hectare de Floresta Ombrófila Mista. Os forófitos foram divididos igualmente em quatro intervalos de um metro de altura cada. A. angustifolia apresentou 20 espécies, enquanto que D. sellowiana 11. A média de espécies por forófito foi significativamente maior em D. sellowiana que em A. angustifolia. Os valores de umidade e pH diferiram estatisticamente entre os tipos forofíticos e a maior relação foi observada entre umidade e riqueza de samambaias epifíticas. A análise de coordenadas principais evidenciou agrupamentos bem definidos para os tipos forofíticos e heterogeneidade florística entre os intervalos de altura. Blechnum acutum (Desv.) Mett. ocupou ambos os forófitos e apresentou os maiores valores de importância, demonstrando alta tolerância ecológica. Os resultados indicam que a umidade foi o fator que apresentou maior influência na estrutura da comunidade epifítica, especialmente para as samambaias. Palavras-chave: Epifitismo; Floresta Ombrófila Mista; conífera; samambaia arborescente. Abstract Dicksonia sellowiana and Araucaria angustifolia phorophyte influence on the vascular epiphyte community in Araucaria Forest.We analyzed the influence of moisture and pH substrate of Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze e Dicksonia sellowiana Hook. on the richness, composition and community structure of vascular epiphytes within the Araucaria Forest. In order to study the epiphytic community, 20 phorophytes of A. angustifolia and D. sellowiana were selected in one hectare of Araucaria Forest. The phorophytes were divided equally into four intervals of one meter each. Araucaria angustifolia showed 20 species, while D. sellowiana 11. Means of species per host tree were significantly higher in D. sellowiana than for A. angustifolia. The moisture and pH of phorophyte types differ statistically and the most relation was observed between moisture and epiphytic ferns richness. Principal coordinates analysis showed well-defined groupings for phorophyte types and floristic heterogeneity among height intervals. Blechnum acutum (Desv.) Mett. occupied both phorophytes and had the highest importance values, demonstrating high ecological tolerance. The results show that moisture was the factor with the highest influence in the epiphytic community structure, especially for the ferns.
RESUMO -Eventos vegetativos e reprodutivos de PHENOLOGY OF THREE SPECIES OF Myrsine L. IN A SECONDARY SEMIDECIDUOUS FOREST IN SOUTH OF BRAZIL
Eventos vegetativos e reprodutivos de Ocotea pulchella (Nees) Mez (Lauraceae), Myrcia brasiliensis Kiaersk e Psidium cattleyanum Sabine (Myrtaceae) foram avaliados, em fragmento de floresta semidecidual secundária durante dois anos. Foi realizada uma análise estatística circular e as fenofases foram correlacionadas à temperatura, comprimento do dia e precipitação. A queda foliar e brotamento das espécies ocorreram continuamente durante o biênio caracterizando fraca sazonalidade. A floração, incluindo o surgimento de botões florais e antese, caracterizou um padrão sazonal nas três espécies. Myrcia brasiliensis e Psidium cattleyanum apresentaram grande concentração de indivíduos em torno da data média (r) para a fenofase frutos imaturos, enquanto que, em O. pulchella, a produção foi praticamente constante (r baixo). O surgimento dos frutos em P. cattleyanum e O. pulchella demonstrou relação com comprimento do dia e temperatura, nos dois anos. Todas as espécies apresentaram alta concentração de indivíduos com frutos maduros, em alguma época do ano, permitindo estimativa da data média desse evento reprodutivo e indicando sazonalidade no amadurecimento. As três espécies potencialmente podem oferecer recursos alimentares aos animais locais, principalmente as aves, porque os frutos maduros ficaram disponíveis ao longo do período inteiro.Palavras-chave: Fenofases; espécies arbóreas; floresta atlântica; Lauraceae; Myrtaceae. AbstractPhenology of Ocotea pulchella, Myrcia brasiliensis and Psidium cattleyanum in semideciduous forest in southern Brazil. We evaluated vegetative and reproductive events of Ocotea pulchella (Nees) Mez (Lauraceae), Myrcia brasiliensis Kiaersk and Psidium cattleyanum Sabine (Myrtaceae) in a secondary semideciduous forest fragment for two years. We performed a circular data analysis and we correlated phenophases to temperature, daylenght and rainfall. Leaf fall and leaf appearance occurred continuously during the biennium featuring a low seasonality. The flowering, including the emergence of floral buds and anthesis, featured a seasonal pattern. Myrcia brasiliensis and Psidium cattleyanum showed great concentration of immature fruits around the average date (r), while fruit production of O. pulchella was almost constant (low r). The appearance of the fruits in P. cattleyanum and O. pulchella revealed a connection between daylenght and temperature in both years. All species had high concentration of individuals with mature fruits at some time of the year, allowing estimation of the average date of the reproductive event and indicating seasonality of maturation. The three species may potentially provide food resources for local animals, mainly birds, because mature fruits were available throughout the entire period.Keywords: Phenophases; tree species; atlantic rain forest; Lauraceae; Myrtaceae.
O clima de uma área é um dos fatores determinantes da dinâmica da vegetação e a fenologia estuda a ocorrência dos eventos vegetativos e reprodutivos das plantas desencadeados principalmente pela precipitação, temperatura e fotoperíodo. Os estudos fenológicos com samambaias, no mundo, aumentaram nas últimas décadas, porém os seus resultados são geralmente descritivos e restritos a poucos locais e a poucas espécies. Foram determinados o padrão e a sazonalidade das fenofases de Blechnum acutum, em Floresta Atlântica subtropical, relacionando-as com os fatores climáticos, a partir do monitoramento de 20 indivíduos, durante 18 meses. Para verificar a sazonalidade das fenofases foi utilizada a estatística circular. Blechnum acutum apresentou maior intensidade da renovação foliar em janeiro (38%), com maior período de atividade entre janeiro e abril de 2014. A formação de esporângios foi a fenofase que demonstrou o padrão sazonal mais evidente e ocorreu com maior intensidade e atividade em outubro de 2014 (25%). A senescência foliar manifestou maior intensidade em fevereiro de 2014 (23%), com 80% dos indivíduos encontrando-se nesta fenofase, em março de 2015. Os padrões fenológicos não demonstraram a mesma continuidade e regularidade em decorrência principalmente da falta de homogeneidade na manifestação da renovação e senescência das folhas pelos indivíduos na população. Os ritmos fenológicos de B. acutum também não foram igualmente influenciados pelas variáveis ambientais analisadas, sendo que a renovação foliar foi a única fenofase relacionada com temperatura e fotoperíodo. A B S T R A C T The climate of an area is one of the determining factors of the vegetation’s dynamics and phenology studies. The occurrence of vegetative and reproductive events of plants mainly triggered by rainfall, temperature and photoperiod. The phenological studies with ferns in the world have increased in recent decades, but the results are usually descriptive and restricted to few places and few species. It was determined the pattern and seasonality of phenophases of Blechnum acutum in subtropical Atlantic Forest, relating them to the climatic factors, from monitoring 20 individuals for 18 months. To check the seasonality of phenophases the circular statistics were used. Blechnum acutum showed greater intensity of foliar renovation in January (38%), with higher activity period between January and April 2014. The sporangia formation was the phenophase that showed the most obvious seasonal pattern and was more intense and activity in October 2014 (25%). The leaf senescence showed greater intensity in February 2014 (23%), with 80% of individuals meeting in this phenophase in March 2015. The phenological patterns did not show the same continuity and regularity mainly due to the lack of homogeneity in the manifestation renewal and senescence of leaves by individuals in the population. The phenological rhythms of B. acutum were not also influenced by environmental variables, and the leaf renewal was the only phenophase related to temperature and photoperiod. Keywords: climate, photoperiod, sazonality, phenophase, fern.[1]
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