A doença renal crônica é um problema de saúde que pode levar a mortalidade. A diálise peritoneal é uma das terapias renais a serem consideradas principalmente por ser simples e menos agressiva. O objetivo deste trabalho é o desenvolvimento e avaliação de um aplicativo em Diálise Peritoneal proposto no projeto de Residência Médica em Clínica de Nefrologia. O processo de desenvolvimento resultou em um aplicativo com conteúdo específico para pacientes e cuidadores que fazem diálise peritoneal. Esse aplicativo é executado em dispositivos móveis com sistemas operacionais Android ou iOS. Em um primeiro momento, a pesquisa apoia a identificação de requisitos. Em seguida, os cenários de casos de uso foram modelados e o protótipo funcional foi criado. Posteriormente foi elaborada uma avaliação e seus resultados serão utilizados para melhorar o protótipo. Paralelamente, profissionais de enfermagem e técnicos de educação em saúde avaliam o conteúdo. Este trabalho apresenta o aplicativo seu desenvolvimento e os resultados de avaliação da usabilidade.

Os objetivos do estudo foram identificar os principais comportamentos de risco dos pacientes renais crônicos pós-transplante e relacionar tais comportamentos com o desfecho da não adesão. Método: Tratou-se, de um estudo observacional, descritivo, retrospectivo, de corte transversal e com abordagem quantitativa, cuja amostra foi constituída de prontuários de pacientes pós- transplante renal, que realizaram ao menos uma consulta de enfermagem no ambulatório de pós-transplante renal de um hospital universitário localizado no estado do Rio de Janeiro, no período de agosto de 2016 a dezembro de 2020. A análise foi realizada a partir dos dados coletados, utilizando o programa Statistical Package for Social Sciences – (SPSS), versão 24.0, para Windows. Resultados: Foram avaliados 98 prontuários, sendo identificadas taxas expressivas nos seguintes comportamentos: falha ao seguir a dieta (30,5%), atraso ou esquecimento no uso das medicações (17,9%), etilismo (8,4%), higiene inadequada (1,1%), tabagismo (1,1%), infecção urinária de recorrência (1,1%), uso irregular de protetor solar (1,1%), aumento de creatinina (1,1%) e sedentarismo (1,1%). Conclusão: Neste estudo, foi possível identificar problemas na terapêutica instituída e por consequência a presença de comportamentos de risco pós-transplante renal, que podem vir a influenciar a sobrevida do enxerto transplantado. A enfermagem pode e deve atuar fortalecendo o autocuidado destes pacientes visando à possibilidade de melhor resposta terapêutica.

O estudo teve como objetivo validar conteúdo e forma de um protótipo de aplicativo para dispositivo móvel, a fim de subsidiar as ações de autocuidado dos pacientes em diálise peritoneal em domicílio e ou seus cuidadores. Trata de um estudo metodológico de abordagem quantitativa desenvolvido nas seguintes etapas: revisão integrativa da literatura, produção de instrumento de validação do protótipo de aplicativo e validação de conteúdo por juízes especialistas. Os dados para validação de conteúdo foram coletados por meio de um questionário de autopreenchimento elaborado no Google Forms e enviado por correio eletrônico. Foram verificados o grau de concordância através do Índice de Validação de Conteúdo. As questões 01 e 05 receberam IVC = 0,83. As questões 02, 03, 04, 06, 07 e 08 receberam IVC = 1,0, alcançando pontuação desejável, superior 0,90. O protótipo de aplicativo para dispositivo móvel para pacientes em diálise peritoneal e cuidadores mostrou-se válido quanto ao conteúdo e forma, com potencial para auxiliar paciente em processo de diálise peritoneal e ou familiar, mediado por enfermeiros nefrologistas.