O objetivo deste trabalho é descrever os aspectos clínicos, ultrassonográficos, séricos e anatomopatológicos de cistadenocarcinoma renal-dermatofibrose nodular (SCRDN) em um canino fêmea, da raça Pastor Alemão de oito anos de idade atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Cruz Alta (HV/UNICRUZ). O animal apresentava histórico de algia abdominal e vômito. No exame clínico observou-se um nódulo no membro posterior esquerdo. O animal foi submetido a exames complementares de ultrassonografia, hematologia, perfil bioquímico e citologia aspirativa por agulha fina (CAAF) do nódulo cutâneo. Na ultrassonografia foi detectado aumento dos rins e presença de vacúolos anecoicos distribuídos pelo órgão. No perfil bioquímico havia aumento nos níveis de ureia e creatinina. Devido evolução do quadro a paciente foi eutanasiada e encaminhada ao Laboratório de Patologia Veterinária da UNICRUZ (LPV/UNICRUZ). Durante a necropsia observou-se rins aumentados, com superfície bosselada e áreas de aderência do omento. Ao corte estes eram císticos, multiloculados e preenchidos por material ora líquido e vinhoso ora hemorrágico, de aspecto necrótico. Fragmentos de todos os órgãos foram coletados, fixados em formalina 10% tamponada. Após 48 horas as amostras foram clivadas e processadas rotineiramente para confecção de lâminas histológicas. Na avaliação microscópica do rim observou-se áreas de cistificação, revestidas por epitélio cuboidal neoplásico e, ocasionalmente, áreas sólidas destas células tumorais em meio ao parênquima renal. Observou-se, ainda, áreas de fibrose intersticial, degeneração e necrose tubular e espessamento da cápsula renal, com áreas de hemorragia subcapsular. O diagnóstico de cistadenocarcinoma renal foi baseado no histórico, exames de imagem e bioquímico, confirmado pelos achados macroscópicos e histopatológicos.
A anestesia na cadela gestante representa um desafio ao médico veterinário anestesista, pois devido à natureza emergencial da cesariana, o estado físico geral da fêmea muitas vezes está abaixo do esperado. Os protocolos anestésicos em cesarianas devem ser cuidadosamente avaliados, contando com técnicas que sejam seguras para a gestante e para o feto. Infelizmente, não é possível anestesiar a mãe de maneira seletiva sem atingir os fetos, devido às características físico-químicas dos fármacos, que atravessam rapidamente a barreira placentária. Entretanto, é necessário um planejamento para a realização da cirurgia em tempo hábil, de modo que a exposição dos fetos aos anestésicos seja o menor possível, reduzindo assim os efeitos colaterais. Assim, objetivou-se revisar a aplicação de diferentes fármacos anestésicos na fêmea gestante e seus efeitos nos fetos.
O objetivo do presente trabalho foi relatar um caso de choque hipovolêmico por ruptura de átrio esquerdo na região de aurícula em um felino de nove meses de idade, encaminhado para diagnóstico ao Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade de Cruz Alta (LPV/UNICRUZ). O animal apresentava histórico de morte súbita, sendo relatado pelo tutor inquietação e agitação minutos antes da morte. Na inspeção externa do animal observou-se secreção sanguinolenta nas narinas e mucosas oral e ocular pálidas. Na abertura da cavidade torácica foi evidenciada grande quantidade de líquido sanguinolento e coágulos cruóricos, além de edema pulmonar e hemopericárdio. No saco pericárdico havia, ainda, uma perfuração onde fluía líquido sanguinolento. O átrio esquerdo apresentava parede fina e duas rupturas na região de aurícula. Foram coletados e fixados em formalina 10% tamponada fragmentos dos órgãos das cavidades torácica, abdominal e o encéfalo. Posteriormente, as amostras de tecido foram clivadas, processadas e coradas pela técnica de hematoxilina e eosina. O diagnóstico de choque hipovolêmico, por ruptura de átrio esquerdo, foi baseado no histórico e nos achados macroscópicos. Assim, destaca-se a importância desse trabalho em relatar um caso considerado incomum na medicina veterinária, a fim de contribuir com dados importantes para o estudo da etiologia e epidemiologia da ruptura cardíaca espontânea em felinos.
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