Esta pesquisa teve por objetivo verificar a relação entre a percepção de estudantes sobre as expectativas de seus professores a seu respeito e o seu status sociométrico, investigado por meio das escolhas do grupo de amigos. Participaram do estudo 130 alunos do ensino fundamental, de ambos os sexos, entre 9 e 10 anos de idade, de duas escolas públicas do interior do Estado de São Paulo. A percepção dos participantes foi obtida por meio de uma escala contendo vinte afirmações, onze positivas, que indicam boa percepção do aluno, e nove que indicam uma percepção negativa. Para avaliar o status sociométrico foi solicitado aos participantes que indicassem três nomes de colegas da classe com quem gostariam de estudar, de brincar, de não estudar e de não brincar. Os resultados indicaram que os alunos que acreditam que seu professor tem uma percepção positiva sobre eles também obtiveram médias maiores de aceitação por seu grupo de amigos. Os participantes que demonstraram uma percepção de expectativas negativa também foram mais rejeitados por seus pares. O estudo aponta para a necessidade de se considerar as relações sociais estabelecidas na escola e promove uma reflexão sobre a importância dessas relações no contexto do processo ensino-aprendizagem.
RESUMOA presente pesquisa teve como objetivo investigar se crianças com diferentes níveis de dificuldades de aprendizagem em escrita se diferem no que se refere à percepção de expectativas de seus professores a respeito delas. Participaram do estudo 138 crianças entre 9 e 10 anos de idade de duas escolas públicas. As dificuldades de aprendizagem em escrita foram avaliadas mediante uma escala padronizada, que detecta as dificuldades lingüísticas mais comuns na escrita de crianças das séries iniciais do ensino fundamental. A percepção dos participantes sobre as expectativas de seus professores a seu respeito foi obtida por meio de uma escala contendo vinte afirmações, onze positivas, que indicam boa percepção do aluno, e nove que indicam uma percepção negativa. Os resultados confirmaram a existência de diferenças entre a percepção de alunos sobre as expectativas a respeito deles, nos diferentes grupos de dificuldades de aprendizagem em escrita. As médias de percepção foram menores para os níveis mais altos de dificuldades e maiores para os grupos que apresentaram menos dificuldades de aprendizagem na escrita, indicando que quanto maior o nível de dificuldade de aprendizagem dos participantes, menos positiva se mostrou a percepção que têm sobre as expectativas dos professores a seu respeito.Palavras-chave: percepção; expectativas de professores; dificuldades de aprendizagem. ABSTRACT Students' perception about their teachers' expectancies towards their performance: a comparative study among students with and without learning difficultiesThis research aimed to investigate if children with different levels of difficulty in learning to write differ concerning the perception of their teacher's expectancies towards them. Participants were 138 children aged between 9 and 10 years from two public schools. A standardized scale was used to evaluate the difficulties in learning to write. This scale evaluates the most common linguistic difficulties in children's writing during the first years of education. Participants' perception about their teacher's expectancies towards them was measured through a scale having twenty statements of which eleven were positively and nine negatively stated. Results pointed differences between the students' perception about the expectations towards them, on different groups of difficulty in learning to write. The average perception was lower for the levels of higher difficulty and higher for the groups with less difficulty in learning to write, indicating that the higher the individuals' difficulty learning level was, the less positive was the perception they had about the teachers' expectancies towards them.
A presente pesquisa teve como objetivo investigar se havia diferenças no autoconceito de crianças que apresentavam diferentes padrões de aceitação e rejeição por parte dos amigos da escola. Participaram do estudo 207 crianças entre 7 e 11 anos de idade, de duas escolas públicas do Estado de São Paulo. Para avaliar o status sociométrico foi solicitado aos participantes que indicassem três nomes de colegas da classe com quem gostariam de estudar, de brincar, de não estudar e de não brincar. O autoconceito foi obtido por meio de uma escala contendo 20 afirmações que buscam a avaliar o autoconceito social, escolar, familiar e pessoal dos participantes. A amostra ficou dividida em grupos distintos: o grupo dos isolados, que foi representado por aqueles estudantes que não foram lembrados nenhuma vez por seus colegas de sala; um grupo com alta aceitação e alta rejeição; um grupo com aceitação e rejeição moderadas;e um grupo com baixa aceitação e baixa rejeição. Os resultados indicaram diferenças no autoconceito escolar em meio aos grupos de aceitação entre os colegas. Os estudantes isolados e aqueles com aceitação moderada mostraram um autoconceito escolar mais positivo do que os alunos com baixa aceitação. No que diz respeito à rejeição, observou-se que os estudantes com baixa rejeição no grupo de amigos mostraram ter um autoconceito familiar mais positivo do que aqueles com moderada e alta rejeição. Verificou-se também que os alunos isolados revelaram um autoconceito pessoal mais elevado do que aqueles com rejeição moderada e alta entre os colegas.
An dr e za Sch ia von iOr ie n t a dor a : Pr ofª . D r a . Se lm a de Cá ssia M a r t in e lli Est e exem plar corresponde à redação final da dissert ação defendida por Andreza Schiavoni e aprovada pela Com issão Julgadora.
A realização deste trabalho tornou-se possível porque houve colaboração de muitas pessoas, às quais gostaria de expressar meu sincero agradecimento.Agradeço primeiramente à minha orientadora, Profª. Dra. Selma de Cássia Martinelli, pelas leituras cuidadosas do trabalho e pelas contribuições valiosas. Uma amiga, além de professora, que oportunizou, através de seu apoio constante, de sua extrema competência e dedicação, a conquista dessa tão desejada etapa.À Profª. Dra. Evely Boruchovitch e à Profª. Dra. Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly que, com suas sugestões no exame de qualificação, propiciaram melhoras significativas no trabalho.Aos professores da banca examinadora, Profª.
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