A pandemia de COVID-19 ficou marcada mundialmente, dentre outros fatores, pelo aumento dos gastos com saúde. O Brasil foi demasiadamente impactado, pois mesmo antes da confirmação do primeiro caso da doença o país enfrentava graves problemas socioeconômicos e fiscais. Assim, um dos maiores desafios para o gestor público, em especial de saúde, consiste em buscar ganhos de eficiência, já que os recursos são escassos, notadamente em tempos de crises. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo avaliar a eficiência administrativa dos municípios da região do cariri cearense no enfrentamento à pandemia  de  Covid-19, utilizando a Análise Envoltória de Dados (DEA), no modelo Retornos Constantes à Escala, proposto por Charnes, Cooper e Rhodes  (1978),  CCR,  e  no  modelo  Retornos  Variáveis  à Escala, proposto por Banker, Charnes e Cooper (1984) o BCC, com orientação para outputs, para o cálculo da eficiência dos 26 municípios. Com base no CCR, em que considera a proporcionalidade entre inputs e outputs, houve maior número DMU’s eficientes. Em relação ao BCC, o qual admite que a eficiência máxima varie em função da economia de escala. Na média, os municípios obtiveram melhores escores médios de eficiência pelo método BCC em comparação ao CCR. Houve aumento de gastos  com  saúde,  contudo  houve  desperdício  de 3,48% nas análises pelo método BCC. O número de notificados e de confirmados foram as variáveis que apresentaram o maior potencial de melhoria indicando a necessidade de redução do contágio. Além disso, o melhor nível de eficiência não necessariamente ocorre naqueles que tiveram maiores gastos.

As ações diretas de enfrentamento contra a covid-19 exigiram do poder público forte atuação quanto ao repasse de recursos dos cofres públicos. No que tange ao auxílio financeiro oferecido aos Estados, Municípios e Distrito Federal, foram enviados R$ 60 bilhões de reais como parte do Programa Federal de Enfrentamento ao Coronavírus . Sabendo disso, o objetivo deste trabalho consistiu em realizar uma revisão de escopo acerca da produção científica sobre a Covid-19 e gastos públicos com saúde, durante o ano de 2020. Para tanto, contou-se com a bibliometria como ferramenta de análise léxica. Adicionalmente à utilização da bibliometria, utilizou-se também da aplicação de técnicas da estatística descritiva que auxiliaram na consecução do mote desta pesquisa. Para mapeamento dos dados, efetuou-se uma pesquisa na base de dados da Web of Science, por meio da ferramenta de software VOSviewer, a fim de averiguar sobre a quantidade de publicações por área de pesquisa, citação entre autores, publicações por país e/ou instituições, acoplamento bibliográfico etc. As principais evidências revelaram que os países que mais apresentaram publicações estão entre EUA, China e alguns países da Europa (Inglaterra, Austrália e Itália), enquanto o Brasil apresentou ínfima participação no número de publicações, apenas 6,61%, ficando à frente apenas da Alemanha, com aproximadamente 5%. Os três primeiros periódicos que constituem cerca de 23,97% dos artigos publicados possuem uma classificação de Qualis, variando entre A1 e B1 em suas áreas de atuação, demonstrando a importância dessas publicações entre os estudiosos e cientistas.