Estudos sobre Altas Habilidades/Superdotação são relativamente recentes no Brasil e foram impulsionados a partir da implantação dos NAAH/S e do aumento do número de alunos identificados pelo Censo Escolar. Este crescimento, apesar de importante, ainda é pouco significativo, e reflete as dificuldades para identificar e atender a essa população. O presente estudo se configura como uma pesquisa de revisão de literatura que objetiva demonstrar os avanços na área das Altas Habilidades/Superdotação nos últimos cinco anos. O levantamento realizado nas bases de dados resultou em um total de 52 produções, distribuídas entre as seguintes categorias: Políticas públicas e inclusão, Educação e Prática do Professor, Características e identificação, Desenvolvimento de Habilidades, Revisão de literatura, Terminologia e Testes.  Concluiu-se que é necessário realizar mais estudos de intervenção, pois grande parte dos artigos baseia-se em estudos teóricos. As intervenções devem considerar as especificidades da população atendida bem como sua cultura, dessa forma, poderão ser construídas propostas de identificação e atendimento adequadas à realidade brasileira.

Resumo: Diversos fatores podem interferir na saúde emocional materna e, dentre eles, o nascimento prematuro do bebê. Este estudo pretendeu: a) descrever e comparar a saúde emocional de mães de bebês prematuros que aderiram ou não a grupos psicoeducativos, com indicadores clínicos de ansiedade, estresse e depressão pós-parto e, b) identificar quais variáveis sociodemográficas influenciaram a saúde emocional das participantes de cada um dos grupos. A amostra foi composta por 42 mães de bebês prematuros que apresentaram indicadores clínicos de saúde emocional, que foi avaliada por meio de inventários de estresse, ansiedade e depressão. Elas compuseram dois grupos: 22 mães que participaram dos grupos e 20 que não participaram. Não foram observadas diferenças significativas entre as variáveis sociodemográficas e nem entre os indicadores de saúde emocional entre os dois grupos. Todavia, é importante identificar os indicadores emocionais clínicos de mães de bebês e oferecer intervenções para minimizá-los, enquanto medidas preventivas de saúde mental da população feminina e, consequentemente, infantil. Palavras-chave: Saúde emocional materna; psicoeducação; adesão; prematuridade.

Objetivo: descrever e comparar indicadores de estresse, ansiedade e depressão de mães de bebês prematuros, no terceiro e no sexto mês de vida deles; comparar o desenvolvimento dos bebês considerando a presença/ausência de indicadores emocionais e participação ou não no grupo de psicoeducação e, relacionar a saúde emocional com o desenvolvimento dos bebês nos respectivos meses. Materiais e métodos: Participaram 67 mães e seus bebês. As mães responderam a inventários de estresse, ansiedade e depressão. O desenvolvimento do bebê foi avaliado pelas Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil – III. Foram divididas em três grupos: mães com indicadores clínicos de saúde emocional participantes da intervenção (G1); mães com indicadores, não participantes da intervenção (G2) e, mães sem indicadores (G3). Resultados: Aos três meses não houve diferença de desenvolvimento dos bebês dos três grupos. Aos seis meses, os bebês de mães do G3 apresentaram médias mais altas em Linguagem Receptiva e Desenvolvimento Motor Grosso. Foram evidenciadas correlações positivas e negativas entre a saúde emocional materna e o desenvolvimento do bebê. Conclusões: A identificação e intervenção precoce na saúde emocional materna no pós-parto pode evitar efeitos negativos, capazes de alterar o curso do desenvolvimento saudável de bebês prematuros.