The article's aim is to enhance the debate about the potential of family farming to the strengthening of a production-consumption model that ensures food and nutritional security for the population. The research was based on a qualitative approach, including documents analysis, participant observation and interviews. At first, we gather expert contributions about international context over agriculture and food and nutritional security and relate these to the emergence of family farming in Brazil and food production debate. Data from Brazilian Agricultural Census are analyzed and states that family farming, which covers 84,4% of rural units, is responsible for almost 80% of food production. Having only 24,3% of total amount of lands (ha), family farming produces 33,2% of general production holding 74,4% of occupied labor. We examine two situations (Toledo and Contagem municipalities) that show rural-urban articulation and reveal the reconfiguration of food production-consumption relationship through the active role of social actors and the State.
Resumo:Segundo estabelece a teoria microeconômica o tamanho ótimo para produção de soja está situado em grandes áreas, nas quais, devido aos ganhos de escala, a eficiência no uso dos recursos e a produtividade por unidade de área chegam a seu ponto máximo. Daí a associação comumente aceita entre sojicultura e grandes produtores, em função da qual os pequenos produtores, devido à sua suposta inviabilidade econômica não deveriam se dedicar a essa atividade. No entanto, esse pressuposto não dá conta da persistência desses agricultores na sojicultura por gerações, o que requer explicações formuladas num campo mais amplo que o cálculo econômico. Tendo isso como desafio, este artigo tem o objetivo de explorar como o processo de mercantilização e externalização contribuem para explicar a permanência dos agricultores familiares nessa atividade. A base empírica para esta análise é a região Sudoeste Paranaense, caracterizada por ampla diversidade produtiva, acesso a políticas públicas e pela predominância da agricultura familiar. Palavras-chaves: Agricultura Familiar. Mercados. Racionalidades. Sojicultura. Desenvolvimento Rural.
INTRODUÇÃOUma das questões centrais exploradas pelos estudos econômicos sobre o meio rural alude à relação entre eficiência e tamanho da área explorada para explicar a especialização produtiva dos agricultores. Há, nesses termos, uma unanimidade quanto à necessidade de grandes áreas para a produção lucrativa da soja, nas quais o custo médio atinge seu ponto mínimo e os ganhos de escala o ponto máximo.Portanto, com base nessa lógica, o tamanho ótimo para a sojicultora estaria acima do predominante entre agricultores familiares cuja escala de produção estaria muito 1 Doutora em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
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