Ao longo dos anos, o Brasil enfrenta uma grave crise hidrológica que afeta as diversas camadas sociais e setores econômicos do país. Dentre elas, o setor elétrico brasileiro - dependente direto dos recursos hídricos em sua cadeia de suprimentos - vivencia uma situação de risco operacional hídrico, tendo em vista os baixos níveis de água nos reservatórios e, como consequência, redução na geração de energia nas usinas hidrelétricas. Nesse sentido, este estudo tem por objetivo analisar os reflexos da crise hídrica nos indicadores ligados à estrutura de custos das empresas que compõem a cadeia produtiva do setor elétrico brasileiro nos anos de 2011 a 2015. Para a análise de resultados, utilizou-se uma amostra final de 15 empresas do setor elétrico brasileiro, a qual se avaliou mediante análise de conteúdo dos relatórios anuais, em que se coletaram os indicadores econômicos, operacionais e da Global Reporting Initiative (GRI). Observou-se, a partir da análise, que os setores de geração e transmissão apresentaram reflexos favoráveis com a crise em seus indicadores econômicos e reflexos desfavoráveis e favoráveis em seus indicadores operacionais. Já o setor de distribuição apresentou reflexos balanceados, com variações favoráveis e desfavoráveis nos indicadores econômicos e, em suma, favoráveis nos operacionais, sendo o setor com afetações mais relevantes, consolidando as alterações de custos da cadeia e conciliando essas alterações na comercialização de energia junto ao consumidor final.
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