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Resumo. Atualmente, os animais de estimação são considerados membros da família, a convivência com estes proporciona inúmeros benefícios aos seres humanos, porém se os tutores de cães e gatos não tiverem informações adequadas sobre tutoria responsável, estes podem estar propensos aos maus tratos, abandono e a zoonoses. A Leishmaniose visceral canina (LVC) no Brasil é uma zoonose comumente causada pelo protozoário Leishmania infantum é transmitida através do repasto sanguíneo de fêmeas de flebótomos do gênero Lutzomia spp. Esta doença apresenta uma alta mortalidade em humanos e cães, sendo considerada uma patologia de relevante importância para a saúde pública. Em regiões do Nordeste brasileiro é observada uma grande quantidade de animais não domiciliados, além disso, a leishmaniose visceral é endêmica em cães e humanos nessa região, por isso as ações desenvolvidas nesse trabalho tiveram como objetivo conscientizar tutores de cães da região nordeste, especificamente do alto sertão sergipano, sobre a leishmaniose visceral demonstrando a etiologia, medidas de controle e prevenção da doença. Para isso, foram realizadas atividades em eventos importante do município, ações na Universidade Federal de Sergipe e visitas em escolas da região. Em média 200 adultos e 600 crianças foram informadas sobre as formas de controle e prevenção da enfermidade, além disso estas ações também tiveram como finalidade educar que não se adquire a doença através do contato direto com o cão. Este trabalho contribuiu com o processo de transformação nas atitudes da população local em relação às zoonoses, leishmaniose visceral e responsabilidade com os animais, sendo que esses temas são essenciais para melhorias do bem estar animal e da saúde pública.

A esporotricose é caracterizada como uma infecção fúngica de caráter zoonótico causada por espécies do complexo Sporothrix schenckii que vem ganhando importância em diversas regiões do Brasil. Nos mamíferos o quadro clínico apresenta-se na forma crônica ou aguda com o surgimento de lesões cutâneas e os felinos domésticos contaminados apresentam-se como um dos seus principais vetores. A doença é considerada um problema de saúde pública, uma vez que, afeta principalmente a população de áreas endêmicas. O diagnóstico é realizado com a identificação e isolamento do fungo S. schenckii e o tratamento de eleição é realizado através do uso de fármacos da classe dos antifúngicos azóis como o cetoconazol, itraconazol e fluconazol. No entanto, novos métodos de tratamento vêm sendo estudados, como o uso da timomodulina. A esporotricose trata-se de uma doença negligenciada e ainda subdiagnosticada, principalmente por falta de informação e divulgação. Nesse contexto, levando em consideração a sua importância para a Saúde Única, esta revisão objetiva abordar a definição da doença em felinos, assim como sua etiopatogenia, transmissão, sinais clínicos, diagnóstico, profilaxia, controle e as ferramentas mais atuais de tratamento.

As lectinas são um grupo de proteínas que possuem como característica principal a capacidade de estabelecer interações específica e reversivelmente a carboidratos. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico acerca das atividades biotecnológicas das lectinas da espécie Bauhinia forficata, tradicionalmente utilizada na medicina popular por suas propriedades hipoglicemiantes, inclusive é uma das espécies listadas como de interesse ao SUS. Foi realizada busca por artigos científicos no Google Acadêmico, estabelecendo-se como recorte temporal o período de 2000 a 2020. Alguns descritores foram estabelecidos, e os artigos foram escolhidos conforme a relevância. Duas lectinas de B. forficata foram purificadas e caracterizadas, e há trabalhos que relatam estudos com proteínas recombinantes devido à dificuldade de se trabalhar com a forma natural. Dentre as potencialidades biotecnológicas para B. forficata está sua ação anticâncer, tendo sido registrada sua eficácia contra várias linhagens de células cancerígenas, como melanoma, câncer de mama e colorretal.

Desde o ano de 2012 a comunidade cientifica reconhece a conexão entre o abuso infantil, violência doméstica e crueldade animal, indicando que provavelmente onde há crueldade animal pode haver abuso infantil/violência doméstica e vice-versa. O objetivo deste projeto é propagar informações acerca da Teoria do Elo, para conscientizar a comunidade sobre guarda responsável, informar a comunidade acadêmica sobre o tema e demonstrar a importância do médico veterinário nesse processo. Após um período de dois meses de recrutamento e criação de um grupo de discussões, realizou-se reuniões virtuais para debater sobre o projeto, e principalmente, levantar um cronograma composto pelas atividades que seriam executadas. Foram publicados 23 postagens sobre temas relacionados à conexão dos maus-tratos aos animais e a violência doméstica. A página do projeto na rede social Instagram produziu 23 postagens obtendo um total de 208 seguidores. As informações fornecidas na página alcançaram em grane maioria mulheres de diversas faixa etária sendo que 38% tinham de 18 a 24 anos e 32,7% entre 25 a 34 anos, e de várias localidades. O uso das redes sociais é imprescindível nos dias atuais por ser uma ferramenta que permite a mobilização e participação da população, podendo impactar de forma direta ou indireta. Desse modo, diversas pessoas foram orientadas sobre a relação dos maus-tratos aos animais e violência doméstica através do projeto, multiplicando este tema para a população.