Os cuidados de saúde que as gestantes devem receber durante a gestação e o período perinatal são imprescindíveis à sobrevivência e o bem-estar da mãe e da criança. Os grupos de gestantes constituem-se importante meio promotor de apoio psicológico e de educação em saúde a esta população. Ao mesmo tempo, as Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de medicina enfocam a importância do discente em ter uma formação que contemple desde a assimilação de conteúdos até a gestão e coordenação de atividades diversas. Neste contexto, a participação do aluno na criação de um grupo de gestantes é de grande valia para sua formação profissional, uma vez que prepara o discente não apenas para a relação médico-paciente, como também para a relação interprofissional e para o gerenciamento de atividades burocráticas dos serviços de saúde. Com o objetivo de demonstrar a importância da participação do discente na criação e manutenção de um grupo de gestantes em uma unidade básica de saúde, o presente trabalho apresenta-se como um relato de experiência das atividades desenvolvidas por acadêmicos do quarto semestre do curso de medicina de uma universidade pública do Ceará. Verificou-se que os discentes tiveram a oportunidade de trabalhar de forma interdisciplinar e multiprofissional, contornando dificuldades e conflitos inerentes às atividades, vivenciando uma experiência essencial para a sua formação profissional tanto como médico quanto como gestor e ator social. Tal experiência poderá repercutir positivamente à saúde da população que será contemplada pelos serviços que serão prestados por estes futuros profissionais.

A Toxicologia é a ciência que se ocupa da natureza, dos mecanismos das ações tóxicas e da avaliação das alterações biológicas produzidos pela exposição do organismo às substâncias químicas. Embora as intoxicações sejam uma causa mundial frequente de procura pelos serviços de saúde, somente em 2002 surgiu, nos Estados Unidos, a Residência Médica em Toxicologia, como ultraespecialização dentro da Medicina Intensiva. Diante do perfil epidemiológico dos envenenamentos, algumas universidades nacionais têm instituído a Toxicologia Médica como disciplina, optativa ou obrigatória, nos cursos de Medicina. Todavia, o ensino dessa disciplina, assim como de muitas outras, mostra-se ainda muito pragmático e tradicionalista, havendo a necessidade de implementação de metodologias mais dinâmicas de ensino, a fim de permitir, aos discentes, melhor compreensão do conteúdo de modo a auxiliá-lo na sua prática profissional. O objetivo do presente trabalho é descrever as experiências de discentes na monitoria  acadêmica na disciplina de Toxicologia Médica em um curso de Medicina de uma Universidade Estadual brasileira, ressaltando a importância da utilização de materiais lúdicos para efetivação da aprendizagem desta disciplina Foram apresentados os materiais lúdicos utilizados nas aulas de Toxicologia Médica: cordel, palavras-cruzadas, quiz, paródia e estudos dirigidos. A aplicação da ludicidade em aulas de toxicologia viabiliza um melhor processo de significação e de aprendizagem tanto para discentes-monitores quanto para discentes-monitorados, desenvolvendo as habilidades de ambas as partes, tanto do monitor - que se aproxima da docência -, quanto do monitorado - que consegue assimilar o assunto de forma menos pragmática, mais didática e, consequentemente, mais efetiva.