Resumo Com o objetivo de analisar a contribuição da Revista Ciência & Saúde Coletiva (C&SC) para a construção do campo da Saúde Coletiva, particularmente nas suas relações com a Política de Saúde, compreendida tanto como disciplina acadêmica como âmbito de práticas, foi realizada uma revisão dos artigos publicados na C&SC no período compreendido entre 1996 e 2019. Para dimensionar a magnitude e identificar as principais temáticas e abordagens teórico-metodológicas foram lidos títulos e resumos de 397 documentos sobre políticas de saúde. Já para investigar a contribuição da Revista para a construção do campo da Saúde Coletiva foram selecionados e lidos na íntegra 35 documentos dentre os 142 localizados. A análise apoiou-se na sociologia de Bourdieu. Revelou que a C&SC constituiu-se em um dos espaços de construção da Saúde Coletiva em múltiplos âmbitos, particularmente no que diz respeito à reflexividade sobre campo. Especificamente em relação à Política de Saúde, a despeito do pequeno percentual de documentos sobre essa problemática (6,8%), ela abarcou os diversos significados dessa temática para o campo. Os autores discutem as possíveis relações existentes entre as características identificadas e o processo histórico de incorporação desse objeto nos diversos âmbitos de constituição do campo da Saúde Coletiva.
A análise do sistema de saúde brasileiro revela a expansão do acesso e cobertura de procedimentos de atenção básica e de cuidados complexos. Entretanto, permanecem problemas que afetam a prestação de serviços, como a concentração de recursos de média e alta complexidade em grandes centros urbanos e, sobretudo, a dependência do SUS ao setor privado. Com o objetivo de analisar a adequação da oferta de serviços de saúde na atenção especializada e hospitalar em relação às necessidades da população foi realizado estudo de agregados espacial e temporal da oferta de estabelecimentos de saúde e a cobertura potencial dos leitos, tendo como unidade de análise os municípios que integram a Região Metropolitana de Salvador, Bahia, entre os anos de 2012 e 2017. Foram utilizados dados secundários disponíveis no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), Rede Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A avaliação da oferta foi realizada com base nos parâmetros nacionais para o setor público. Verificou-se concentração de estabelecimentos de saúde no município de Salvador (82,7%), sendo que 90,7% deles não atendem ao SUS. Ainda que a oferta de leitos hospitalares alcance o padrão preconizado, os leitos SUS representam menos de 50% do total. Os achados deste estudo podem contribuir especialmente no âmbito da organização da rede de serviços na RMS, visando auxiliar no planejamento em saúde, bem como dar maior visibilidade ao controle social a ser exercido pela população.
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