A violência obstétrica é considerada questão de saúde pública, abrangendo qualquer atitude desrespeitosa à mulher e seu bebê durante a gestação, parto e período puerperal. A partir do trauma gerado, uma série de consequências surge como desenvolvimento de problemas psicológicos e familiares. Analisar a produção científica mundial a respeito da violência obstétrica sofrida por mulheres durante o parto e suas consequências dolorosas que impactam a qualidade de vida e experiência maternal. Os artigos expuseram a desumanização nos partos existente, o despreparo dos profissionais de saúde, assim como a desvalidação e negligência das necessidades da parturiente. Com a violação de sua integridade física e emocional, sua experiência traz consigo traumas difíceis de serem curados. E, devido à insensibilidade e naturalização deste processo, pouco é feito para esta realidade ser modificada. É necessário haver investimentos em infraestrutura, equipes multiprofissionais, formação de profissionais de saúde de qualidade, além de treinamento e capacitação destes. Para o atual cenário mudar, a abordagem centrada na mulher deve ser reformulada, proporcionando autonomia, respeito, segurança, dignidade e direitos garantidos.
A Síndrome de Burnout, segundo o CID-11, incorpora percepção de exaustão, exaustão mental ocupacional e redução da eficiência laboral, podendo associar-se à comorbidades psiquiátricas como transtorno depressivo maior, transtornos dissociativos, transtorno adaptativo e dependência química. Essa revisão de literatura tem como objetivo caracterizar e avaliar a síndrome de Burnout, para estimar a sua prevalência na população médica e elucidar a necessidade de intervenções interpostas a serem realizadas tanto pelo médico, indivíduo que sofre em decorrência da síndrome, como pela organização ocupacional na qual o profissional exerce suas atividades. Importante frisar que essa síndrome teve sua abrangência e importância ampliados gradativamente ao longo dos anos, principalmente devido a eventos de larga escala, como a pandemia pelo vírus COVID-19, ressaltando o grupo de profissionais do setor da Saúde. Nesse âmbito, o presente trabalho evidencia um grupo específico: os médicos, visto que fazem parte de uma parcela de risco por diversos fatores como a carga horária extensa, a tensão emocional, o sentimento de impotência e a pressão frente à luta constante com o sofrimento, a dor e a morte agravados no período pós-pandêmico.
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