A exigência de profissionais de Odontologia aptos a trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) traz a necessidade de uma formação direcionada ao desenvolvimento de competências e habilidades. A inserção do aluno na Atenção Primária à Saúde (APS) por meio dos estágios vem sendo preconizada, por ser um nível de atenção importante para construção da integralidade do cuidado. Assim, o objetivo deste artigo é descrever e analisar a experiência vivenciada por graduandos de Odontologia junto a uma equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) no componente curricular Estágio Supervisionado na ESF, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de um município do interior, em um bairro com grande vulnerabilidade social. Trata-se de um relato de experiência de abordagem descritiva, caráter qualitativo e cunho crítico-reflexivo. Os dados foram alcançados pela percepção dos alunos durante as atividades do estágio, utilizando como base o portfólio crítico reflexivo (PCR) construído durante dez encontros na UBS. Previamente, um semestre foi destinado à aquisição de conhecimento teórico e planejamento das atividades a serem desenvolvidas durante o estágio. Na UBS, os estudantes tiveram a possibilidade de vivenciar o funcionamento e interação da equipe de saúde, realizar atividades voltadas à prática interprofissional, visualizar as demandas da comunidade e desenvolver atividades com metodologias participativas. Em seguida, foi construído o PCR e partilhada a vivência por meio de apresentação aberta ao público. Dessa forma, o estágio permitiu desenvolver um olhar mais humanizado e integral aos estudantes de Odontologia, com competências importantes para o profissional apto a trabalhar no SUS.
O objetivo deste trabalho é avaliar a condição periodontal de pacientes atendidos na clínica escola de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, campus I, Campina Grande, Paraíba, investigando sua associação com as características comportamentais e hábitos da população estudada. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e analítico a partir de prontuários odontológicos. Utilizou-se como critérios de exclusão a incompletude de dados ou a falta de assinatura do TCLE pelo paciente. As análises foram realizadas pelo SPSS 20.0. Para caracterizar a população, distribuiu-se as frequências dos dados. Para associar a condição periodontal (gengivite/periodontite) e as demais variáveis empregou-se o teste qui-quadrado de Pearson (ou teste exato de Fisher quando apropriado), com p < 0,05. Do total de 426 prontuários, 42,5% foram excluídos, restando 245 prontuários. A frequência de tabagistas foi de 10,6% e de ex-tabagistas de 22,0%. Em relação à queixa principal, 68,6% procuraram atendimento por motivos não relacionados à doença periodontal. Sobre a prática de higiene bucal, 121 (49,4%) afirmaram escovar os dentes 3 vezes ao dia e 124 (50,6%), usar fio dental. Porém, a avaliação do índice de placa visível refletiu uma higiene bucal ruim (58,4%). A condição mais prevalente foi de cálculo dentário (63,7%), predominando no sextante 5 (72,7%). A associação entre a condição periodontal e demais variáveis foi estatisticamente significante entre periodontite e tabagismo (p = 0,003). Conclui-se que o relato de prática de higienização bucal adequada não reflete na condição periodontal presente. Observa-se a importância de intensificar ações de orientação em saúde bucal.
Introdução: Diabetes Mellitus é uma doença crônica resultante de defeitos na secreção do hormônio insulina e/ou de sua ação prejudicada no organismo. Indivíduos diabéticos podem apresentar complicações bucais significativas como, por exemplo, a doença periodontal. Objetivo: Avaliar o conhecimento dos endocrinologistas cadastrados/ativos no Conselho Regional de Medicina da Paraíba quanto ao manejo clínico bucal de pacientes em rastreamento e tratamento para diabetes. Materiais e Métodos: Estudo transversal, no qual 47 endocrinologistas participaram por meio de formulário estruturado, baseado nas diretrizes conjuntas da Sociedade Brasileira de Periodontologia e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (2022). Todas as análises foram conduzidas com auxílio do software IBM SPSS Statistics versão 20.0 e as variáveis do estudo foram analisadas por meio do teste Qui-quadrado de Pearson (p<0,05). As variáveis consideradas relevantes para o desfecho foram avaliadas usando o algoritmo CHAID (Chi-squared Automatic Interaction Detector). Resultados: A maioria dos participantes tinha até 40 anos (55,3%), era do sexo feminino (91,5%) e tinha, no máximo, 10 anos de tempo de experiência (55,3%). A partir da análise multivariada, por meio da Árvore de Decisão (CHAID), verificou-se a associação entre possuir manejo clínico bucal adequado endocrinologistas com faixa etária >40 anos e com conhecimento sobre os sinais clínicos da doença periodontal. Conclusões: Apesar do conhecimento teórico dos endocrinologistas ser relativamente satisfatório, ainda existe uma lacuna entre conhecimento teórico e prática clínica na conduta da maioria desses profissionais, que ainda se distancia do que é preconizado pelas evidências científicas e diretrizes atuais.
To investigate the socioeconomic, demographic and health needs that influence the access to oral health actions. Material and Methods: The sample consisted of 609 individuals who lived in areas covered by the Family Health Strategy in a city of the Northeast of Brazil. All individuals living in areas covered by the FHS with age equal to or higher than six years were included. Data analysis included descriptive, bivariate and multivariate statistics using decision-tree based Chi-squared automatic interaction detection (CHAID). Results: Most participants were female, aged 25-34 years, ranging in age from 6 to 87 years. It was evidenced that, among the studied variables, the most relevant for understanding the access to oral health actions were: age (p<0.001), educational level (p-value in Node 1 = 0.009; p-value in Node 7 = 0.005) and self-perception of oral health (p=0.001). Conclusion: The results suggest that access to oral health actions is influenced by several social and individual factors, and it is marked by inequalities that favor individuals with higher educational level, better self-perception of oral health and lower age groups.
Este trabalho teve como objetivo avaliar a condição periodontal de pacientes atendidos na clínica escola de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, campus I, Campina Grande, Paraíba, investigando sua associação com as características sociais e sistêmicas da população estudada e identificando o perfil de atendimento no serviço. Trata-se de um estudo quantitativo e analítico, do tipo transversal, que envolveu a coleta de dados em prontuários, utilizando-se como critérios de exclusão a incompletude de dados ou a falta de assinatura do TCLE pelo paciente. As análises foram realizadas pelo SPSS 20.0. Para caracterizar a população, distribuiu-se as frequências dos dados. Para associar a condição periodontal (gengivite/periodontite) e as demais variáveis empregou-se o teste qui-quadrado de Pearson (ou teste exato de Fisher quando apropriado), com p < 0,05. Do total de 426 prontuários, 42,5% foram excluídos, restando 245 prontuários. Das 245 fichas incluídas no estudo, 147 (60,0%) pacientes apresentaram alguma doença sistêmica relatada e 96 (39,2%) a utilização de algum tipo de medicamento. A associação entre a condição periodontal e demais variáveis foi estatisticamente significante entre periodontite e faixa etária de 51 a 64 anos (p < 0,001) e estado civil viúvo (p < 0,001). Durante a análise, houve existência de registro de uso de medicamento sem o registro da condição sistêmica e vice e versa. Sugere-se necessidade de melhora do preenchimento dos prontuários odontológicos. Ainda, a determinação da condição periodontal, características sócio-econômico-demográficas e sistêmicas demonstra a importância de estratégias para garantir o diagnóstico, plano de tratamento e acompanhamento adequados.
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