Em final de 2019 na cidade de Wuhan, China, surgiram casos de gripe, com rápida disseminação, comprometimento pulmonar e óbitos, a Organização Mundial de Saúde denominou o coronavírus de 2019-nCoV, a doença COVID-19 e declarou pandemia. Toda a população mundial está afetada, sendo maior risco para as pessoas idosos e de qualquer idade, portadoras de comorbidades. Estima-se que, na ausência de intervenções, a COVID-19 poderá resultar em 7,0 bilhões de infecções e 40 milhões de mortes em 2020, além disso, os custos sociais e econômicos são sem precedentes na história mundial recente. São indicadas medidas higiênicas e de isolamento social para se evitar os contágios em grandes proporções, que rapidamente esgotam os insumos de saúde. Conflitos maiores deverão ocorrer em países de baixa renda, que além de não possuir estrutura e equipamentos em quantidade, também não tem como testar sua população, limitando-se aos casos mais graves, como é o caso do Brasil, que no momento já está em transmissão comunitária da COVID-19. Nesta conjuntura, faz-se importante destacar o papel histórico da acupuntura na epidemia de cólera que despertou o interesse de Soulié de Morant, que trouxe para o ocidente essa terapia. Também o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde para os mecanismos terapêuticos da acupuntura, que apontam ações em três pilares fundamentais: indução de analgesia; proteger o corpo contra infecções e regular várias funções fisiológicas. Face ao exposto, se propõe o Protocolo de Acupuntura Preventiva para Estimular Imunidade frente à COVID-19, que após a publicação, buscar-se-á parceria com o Ministério da Saúde, para capacitar à distância, profissionais interessados para implementar o referido Protocolo no Brasil, com destaque para a existência no país de cerca de 100.000 Acupunturistas e 336.875 Cirurgiões-Dentistas. A contribuição da Odontologia Brasileira pode viabilizar este Protocolo Preventivo em favor da saúde e da vida, porque além de possuir uma excelente formação profissional em saúde, com o atual cenário, os Cirurgiões-Dentistas estão com atividades intrabucais limitadas às urgências e emergências. E a grande mensagem de aprendizado com a experiência da COVID-19, certamente é a solidariedade humana frente a essa pandemia.