Nzeru za ndekha zidamanga nyumba pa mwalaA inteligência de um só construiu a casa de paus sobre a rocha -Quem não pede conselho, facilmente erra. (Martins, 2001:35). Dedico este trabalho, de forma especial, aos meus pais, Luis José Maia † e Ameria Alone que sempre ensinaram e transmitiram valores da vida. Aos meus irmãos, minhas irmãs, meus sobrinhos e amigos que sempre me acompanharam e me ajudaram ao longo desta trajetória acadêmica. AGRADECIMENTOS Diz o provérbio nyungwe: Nzeru mbawiri Dois é sabedoria -Devemos ouvir o conselho dos outros. (Martins, 2001:35) Este trabalho é fruto de muitas e valiosas contribuições, sem as quais ele não ganharia o formato que tem hoje. O meu cordial agradecimento ao insigne professor Kabengele Munanga, um verdadeiro pai acadêmico que com muita sabedoria orientou essa tese. Às professoras Denise Dias Barros e Antonieta Antomacci pelas valiosas contribuições na qualificação. Meu agradecimento aos professores do Departamento de antropologia, da Historia e Letras, através dos quais foi possível trabalhar a tese de forma interdisciplinar. Às secretarias do Departamento de Antropologia, Ivanet Ramos, Rose Oliveira e Soraya Gebara, que sempre estiveram disponíveis nos vários encaminhamentos ao longo do curso. Agradeço aos colegas do grupo de estudo Cerne-USP, na pessoa de Vagner Gonçalves, onde também o projeto foi discutido, de onde resultaram preciosas observações e contribuições. À Casa das Áfricas onde tive a ocasião de apresentar em forma de oficinas teóricas e praticas uma parte do material sistematizado nesta tese. Ao CEA-Centro de Estudos Africanos na pessoa de Maria Odete e Lourdes, que sempre estiveram presentes nos diversos encaminhamentos. Agradeço imensamente à CAPES
Introdução: Este trabalho visa apresentar as concepções de saúde, doença e cura presentes no universo cultural do povo Madema e Nyungwe de Moçambique, como concepções que tem uma profunda relação com o sistema cultural. Entender as etiologias relacionadas à doença é necessário para entender o sentido do modelo terapêutico presente entre esses povos e a articulação dos modos de produção de saúde. O que é saúde? O que é estar doente? Quando é que a cura acontece? Esses são alguns questionamentos a serem levados em conta quando o tema é a tríade (saúde, doença e cura) no contexto africano moçambicano. Dado que o modelo exegético local sobre a doença segue parâmetros socioculturais, para a nossa pesquisa interessa uma analise do fenômeno “duplo vinculo”, isto é, a busca do sentido da doença e concomitantemente a busca pela cura, tanto na biomedicina assim como na etnomedicina. Para a nossa analise importa entender a hipótese de que se trata de dois sistemas de saúde, isto é, a medicina dos sentidos e o sistema biomédico. No quotidiano Madema e Nyungwe, quando o assunto é doença na família, as pessoas fazem de tudo para trazer de volta a saúde, mesmo que isso implique num duplo vinculo. Método: O presente trabalho é resultado de uma pesquisa de campo feita em Moçambique, que permite uma leitura das representações de saúde e de praticas de cura tradicionais, que coexistem na sociedade moçambicana ao lado da biomedicina. Trata-se de perceber que num país onde a população viveu 16 anos de guerra civil, sem assistência bimedico-hopitalar para todos, a população com os seus conhecimentos botânicos tradicionais conseguiu inúmeras vezes combater as doenças. Quando chegava o serviço medico convencional, havia agregação, articulação e complementação e não rejeição. Como o entendimento das concepções nativas de saúde, doença e cura podem contribuir para um serviço publico de saúde que dialoga com a tradição? Ou seja, como entender o impacto da cultura no sistema médico como um sistema cultural
Mozambique is located on the east African coast, bathed by the Indian Ocean, enjoys a privileged geographical location, bordering six countries: Tanzania, Malawi, Zambia, Zimbabwe, South Africa and Swaziland. In geopolitics, the country is a gateway to these southern regions of the continent.The country has hydrographic basins and the main ones are: from north to south, the Rovuma River, Lúrio, Ligonha, Zambeze, Púnguè, Save, Limpopo and Incomati. Throughout history these rivers have been of paramount importance as routes of communication between the coast and the interior. In this sense, the Zambezi River stands out, as we will see later on.Recently, the names of some of these rivers have been transformed into university names, as follows: the
O presente artigo busca apresentar alguns aspectos da cultura do povo Nyungwe de Moçambique no que diz respeito às relações totêmicas e a hermenêutica do nome. Moçambique é um país vasto, rico na sua diversidade cultural e lingüística. Por isso não se pode presumir como homogenia a cultura dos povos que habitam o mesmo território nacional, nem dos grupos que habitam o mesmo território provincial. Dentro da mesma província encontramos vários grupos étnicos e cada um com sua característica especifica. No entanto, as mesmas podem ser encontradas também em outros grupos com algumas variações típicas. Uma das características fundamentais que marcam o reconhecimento e a existência de uma pessoa entre os Nyungwe e os Madema é o nome. O nome não é vazio, ele carrega um sentido profundo, está relacionado e vinculado ou a um ancestral da família ou a uma situação circunstancial topônima. É desse aspecto do povo em questão que iremos aprofundar neste trabalho.
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