Analisar os movimentos pendulares a partir das experiências de estudantes cambeenses que estudam na Universidade Estadual de Londrina (UEL) é o foco do presente artigo. É uma pesquisa exploratória com 22 indivíduos realizada em abril de 2019. O artigo se justifica, pois, o uso dos ônibus metropolitanos é muitas vezes o único meio de transporte para classe trabalhadora e estudantes chegar nos seus destinos. Além disso, a integração via transporte metropolitano é essencial para conexão entre os municípios membros de uma região metropolitana, no caso de estudo corresponde a Região Metropolitana de Londrina (PR), essa categoria de transporte é uma prestação de serviços e, portanto, necessita ser avaliado, tendo em vista a qualidade de vida da população que necessita deste transporte público. Com relação aos resultados a pesquisa mostrou que mesmo as cidades sendo próximas o maior desafio enfrentado é o tempo de viagem pois para lucrar mais o trajeto é estendido pela empresa responsável por este serviço, duplicando a distância, e em alguns casos relatados o tempo gasto é quase cinco vezes maior com relação a quem faz o mesmo trajeto com veículo próprio.
A migração de brasileiros, que deixam seu país à procura de melhores condições de vida, vem mostrando que a necessidade de inserção no mundo do trabalho não é o único fator que influencia essa tomada de decisão. Nos últimos anos passou-se a vislumbrar com maior nitidez casos onde a motivação foi a forma como as políticas educacionais foram historicamente estruturadas no Brasil e é com o intuito de contribuir para com esse debate que apresentamos o presente artigo, que tem como objetivo principal discutir a migração de brasileiros, para nações latino-americanas, por conta da das políticas educacionais de acesso à universidade que atuam como fator de expulsão. Este trabalho foi construído a partir da leitura de referencial bibliográfico referente à temática e entrevistas com brasileiros que imigraram para Rosário, na província argentina de Santa Fé para estudar medicina na Universidade Nacional de Rosário. Os resultados da pesquisa demonstraram que a forma como as políticas educacionais estão organizadas no Brasil contribui para a manutenção da desigualdade social e elitização das universidades e que a migração foi para os entrevistados a única forma de ter acesso a um ensino de qualidade em uma universidade pública, de forma gratuita e sem processos seletivos excludentes já que na Argentina a educação, desde o nível básico até o superior, é tratado como um direito humano inerente a todos, inclusive estrangeiros.
O objetivo central do presente artigo é a discussão geográfica da autoconstrução como expressão do saber popular e se justifica pelo fato de que essa população ao ocupar e construir por conta própria, muitas vezes em locais irregulares, se colocam como importantes agentes na produção do espaço urbano e tem sua ação a margem do planejamento técnico, presente nos documentos oficiais como o plano diretor. O recorte geográfico foi a ocupação Córrego Sem Dúvida no município de Londrina (PR). A metodologia envolveu: revisão bibliográfica, trabalho de campo e entrevistas.
O objetivo deste artigo é discutir a potencialidade da literatura infantojuvenil nas aulas de Geografia que trata da organização e fenômenos geográficos do/no espaço agrário. A metodologia empregada foi baseada na leitura e análise de duas obras literárias infantojuvenis que integram uma coleção organizada pela editora expressão popular. A primeira obra é intitulada “semente de letra” ela tem como plano de fundo um assentamento rural e retrata o cotidiano camponês, fala de temas como: importância da leitura, luta pela conquista da terra, organização interna, entre outros. “Pascoalzinho pé-no-chão: Uma fábula da Reforma Agrária” é a segunda obra, ela trata de temas como a expropriação do campesinato, territorialização do capital, migração campo – cidade, entre outros.Com base nessas obras buscou-se demonstrar que a literatura é um importante aliado no ensino de Geografia, pois além de possibilitar aulas que não fiquem restritas ao uso do livro didático, fomenta o hábito da leitura e torna as aulas diferentes ao mesmo tempo que pode contribuir para que o processo de ensino – aprendizagem seja eficaz ao proporcionar um campo fértil para a criticidade dos discentes.
O objetivo do presente artigo é discutir a potencialidade do método montessoriano no processo de ensino-aprendizagem, onde o espaço aparece como uma das variáveis mais importantes no sucesso da perspectiva pedagógica, trazendo, portanto, um fértil campo de investigações para a Geografia. A metodologia de pesquisa qualitativa contou com abordagens teóricas e trabalho de campo em uma escola que segue o método montessoriano, localizada no município de Rosário, Santa Fé, Argentina. Como resultados, observou-se que o planejamento e a organização do espaço são um fator fundamental para o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças, o qual deve instigar a exploração e o trânsito livre dos pequenos com pouca intervenção do professor, até mesmo no acesso aos materiais didáticos. A organização espacial e o respeito à individualidade e ao tempo de aprendizagem de cada criança mostram que os primeiros passos na autonomia são possíveis desde a mais tenra idade. Além disso, essa questão é um campo fértil e ainda pouco explorado nas pesquisas de Geografia.
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