O presente artigo, que tem por base construtos teóricos de Newmark (1987), Duff (1989), Campos (1986), Chesterman (1997), Bassnett (1999), Hatje-Faggion (2001), entre outros, objetiva identificar estratégias de tradução utilizadas em sala de aula de formação de professores de língua inglesa, no tratamento de questões culturais emergidas de expressões idiomáticas constantes de textos em língua inglesa, e as implicações desse processo para a aprendizagem dos acadêmicos e para o ensino de língua inglesa (LI) na futura atividade docente. Certificamos que a perspectiva intercultural no trabalho pedagógico com tradução, no ensino-aprendizagem de língua inglesa, foi considerada profícua neste estudo, considerada pelos sujeitos da pesquisa como atividade que transporta visões multi e interculturais. A tradução, nesse sentido, passa de atividade que protege os significados do texto original à condição de produtora de significados acordados com as vivências do leitor, do tradutor e dos contextos socioculturais em que as obras foram traduzidas.
RESUMO Este artigo objetiva discutir a expressão “disputar a ‘nega’” - que integra o universo cultural de muitas regiões do Brasil e constitui práticas sociais em contextos de competição em jogos diversos - na perspectiva dos estudos de gênero, discurso, raça e classe social. Para tanto, nos aportamos teoricamente em autoras e autores que problematizam as relações de gênero de forma interseccional, destacando outras dimensões que perpassam essa categoria, tais como raça, classe, sexualidade, etnia etc. São trazidos à cena teórica os estudos de Angela Davis (2016) e Heleieth Saffioti (2013) sobre gênero, raça e classe e os apontamentos de Norman Fairclough (1998; 2001; 2003) sobre discurso, dentre outros. Intentamos, com isso, usando como ferramenta de análise os princípios da Análise de Discurso Crítica - ADC (FAIRCLOUGH, 2001, 2003; VIEIRA; RESENDE, 2016; MAGALHÃES, 2000), descortinar os discursos ideológicos que subjazem à expressão “disputar a ‘nega’”, bem como compreender sua raiz cultural e histórica, haja vista que a pessoa que é objeto da disputa é uma mulher negra cujo corpo é oferecido como prêmio ao vencedor, sendo, assim, objetificado, subalternizado e instrumentalizado, seguindo a lógica de uma sociedade patriarcal em que o corpo da mulher, e da mulher negra em especial, é usado primordial e essencialmente para servir ao homem em suas necessidades físicas e emocionais. Neste estudo, nos pautamos na concepção butleriana de gênero, por concordarmos que a constituição dessa categoria se dá mediante os confrontos culturais e sociais reiterados cotidianamente pelas práticas discursivas. Em outras palavras, trata-se da preponderância do discurso na constituição dos sujeitos, dado que nos constituímos a partir da outra, do outro. Ao propormos o estudo da expressão em ênfase, na perspectiva da análise interseccional (SCOTT, 1994; BUTLER, 2016; DAVIS, 2016), percebemos que a interseccionalidade de gênero, permeada por outros marcadores sociais, evidencia a subalternização feminina, visto que a categoria mulher, sobretudo a negra e pobre, permanece, ainda nos dias atuais, em condição de objetificação, marginalização e subalternização na sociedade.
Como pode existir o hoje, o agora, se você não conhece o seu passado, a sua origem, as suas características? É assim que a gente conhece a nossa ancestralidade. (FRANÇA, 2020, p. 9) RESUMO: Apresentamos, neste artigo, reflexões e problematizações acerca da negativação de imagens do povo negro, buscando compreender os impactos na/da identificação, resgate e (re)construção das identidades desses indivíduos, principalmente na infância. Para tanto, buscamos em uma obra literária que consideramos não hegemônica em sua abordagem dessa temática -o livro "O pequeno príncipe preto", do escritor Rodrigo França -a base para uma discussão que considere aspectos sociopolíticos e históricos da sociedade brasileira no que diz respeito ao racismo estrutural. Trazemos também para a discussão, as possibilidades de se adotar uma educação antirracista como forma de resistir e enfrentar os desafios que se apresentam no percurso de transformação de sentimentos negativos em relação à identidade negra. A obra escolhida dialoga com as discussões e lutas por igualdade social e racial, com ênfase para um trabalho de construção de valores e afirmação de identidades subalternizadas socialmente, já na infância.
Com base nos princípios da Análise de Discurso Crítica (ADC), este artigo objetiva analisar a (re)produção de estereótipos de gênero veiculados imageticamente em um livro didático (LD) de língua portuguesa da 1ª série do ensino fundamental. Para este estudo, nos aportamos teoricamente a autoras/es que discutem a (re)produção de estereótipos de gênero com base na ADC (FAIRCLOUGH, 2001), bem como a uma pesquisa documental realizada em livro didático (FERREIRA, 2014; PEREIRA, 2014). Nesta pesquisa, encontramos como principais resultados: a predominância de personagens masculinos, principalmente quando a temática se refere a profissões; a associação da mulher ao consumismo; dentre outros.
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