Este relato apresenta pesquisa que teve como objetivo investigar a aplicação de Recursos Educacionais Digitais por professores durante o atendimento educacional especializado realizado em Salas de Recursos Multifuncionais de escolas públicas do sul de Minas Gerais que contam com este recurso. A abordagem adotada foi quanti-qualitativa com coleta de dados por meio de questionário e entrevistas semiestruturadas com os professores participantes. Foram convidados 70 docentes das escolas estaduais de 29 cidades e 40 concordaram em participar. A partir da triangulação e análise dos dados, elementos essenciais que compõem a prática in loco da educação especial, foram identificados, dentre eles, a falta de diagnóstico de deficiência dos estudantes atendidos nas Salas de Recursos Multifuncionais. Outro ponto relevante identificado foi o déficit na formação inicial do profissional, que não aborda a temática em profundidade. Em consequência, a formação continuada se torna necessidade premente para a edificação do conhecimento tanto no campo da educação especial e inclusiva quanto das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação. Em relação à mediação e ao uso das tecnologias digitais, foram encontradas dissonâncias, pois, na maioria dos casos analisados, os recursos educacionais digitais não trouxeram alterações significativas na articulação entre ensino e conteúdo. Os resultados levaram à inferência de que existe necessidade de se estabelecer maior relação entre o currículo, os recursos tecnológicos disponíveis nas Salas de Recursos Multifuncionais, as demandas e peculiaridades dos estudantes e a mediação pedagógica do professor.
Este estudo tem por objetivo compreender, na visão dos professores do Atendimento Educacional Especializado da Sala de Recurso Multifuncionais, se o laudo médico é considerado um instrumento imprescindível ou prescindível na realidade vivenciada. Para tanto, se caracteriza como uma pesquisa quanti-quali e exploratória, com base em dados secundários, que teve como participantes 40 professoras que atuavam nas Salas de Recursos Multifuncionais e que fazem parte de uma Secretaria Regional de Ensino do Estado de Minas Gerais. Os resultados apontam que as Salas de Recurso Multifuncionais, no momento da pesquisa, eram frequentadas tanto por estudantes público-alvo da educação especial, como por estudantes com outras especificidades. O que nos levou a questionar a exigência do laudo médico. Os dados da pesquisa apontam que para alguns professores a exigência é vista como uma forma de exclusão, já que o acesso ao laudo não é um percurso simples e acessível para todas as famílias e nem todos os estudantes do atendimento educacional especializado faziam parte do público alvo. Para outros professores ele é um apoio para a intervenção pedagógica. Ao final foi possível evidenciar que o laudo é um instrumento que em uma perspectiva inclusiva deveria servir apenas como complemento. Conclui-se que a maneira como a política atual se estrutura, não resolve o problema dos encaminhamentos, mas sim deixa uma lacuna no atendimento de estudantes que não se enquadram na política de educação especial sendo mais uma vez excludente.
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