Este trabalho apresenta reflexões acerca do processo de modernização na cidade de Vitória, entre os anos de 1890 e 1912. Ao analisar projetos urbanísticos e discursos defendidos pelos grupos dominantes locais, procuro evidenciar as batalhas de percepções ocorridas em um cenário marcado por transformações do viver urbano, que também (re)significaram a história e a memória coletiva. Compreendendo esse processo como manifestação do avanço das concepções da modernidade capitalista no Espírito Santo, problematizo as perspectivas socioculturais que hierarquizaram conhecimentos em detrimento de memórias plurais.
O objetivo deste artigo é analisar concepções de ensino de História para o ensino secundário que circularam nos contextos da Primeira República e da reforma curricular de 1951. Dialogando com referenciais teórico-metodológicos da história cultural e do currículo, estudamos a legislação educacional e programas de ensino para refletirmos sobre textos produzidos pelos professores Mello e Souza e Vicente Tapajós. Ao defenderem, respectivamente, a História como modeladora do caráter nacionalista e formadora do cidadão democrático, tais sujeitos apresentaram ideias que tanto retratam disputas políticas em torno do currículo quanto procuravam forjar visões de mundo e sensibilidades dos estudantes durante os processos educativos escolares.
Documentos de um arquivo podem ser utilizados por professores e estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental para estudos históricos escolares? Quais são as potencialidades e os limites da escola se constituir em um espaço de produção de conhecimento? Essas e outras questões motivaram intensos debates nas últimas décadas acerca de concepções curriculares e práticas pedagógicas. A partir da problematização de tendências culturais prevalecentes na vida social que afetam as experiências vividas dos sujeitos na contemporaneidade, este artigo propõe reflexões em torno das possibilidades de se desenvolverem, no âmbito do ensino de História, práticas educacionais transformadoras relativas à utilização de documentos de arquivos por integrantes da Educação Básica. Dialogando com referenciais teórico-metodológicos da história cultural, coordenamos um projeto de extensão comunitária que contou com a participação de escolas públicas da cidade de Campinas, da Faculdade de Educação e do Centro de Memória - Unicamp (CMU). Ao trabalharmos com questões que abarcavam a história local, a memória e patrimônio cultural, observamos que as relações estabelecidas entre professores, estudantes e documentos textuais e iconográficos do CMU proporcionaram instigantes articulações com suas visões de mundo, evidenciadas pelos múltiplos modos de leitura, apropriação e produção de conhecimento. Nesse sentido, questionamos a suposta necessidade de acúmulo de informação criada pelas sociedades modernas e ressaltamos a importância das experiências vividas para a constituição de novas perspectivas de espacialidade e temporalidade, capazes de se contrapor e superar cenários compostos por diferentes formas de exclusão social, desenraizamentos culturais e de crise de identidades.
Este artigo discute a legislação relacionada à política imigratória do Brasil nos iniciais da década de 1930, bem como suas implicações na mobilidade dos japoneses rumo ao Paraguai a partir do referido período. Ao pesquisarmos as associações criadas por esses sujeitos nas regiões do Alto Paraná, do Paraguarí e do departamento de Amambay, abordamos questões que abrangem as práticas culturais dos imigrantes e de seus descendentes, sobretudo a partir das experiências desenvolvidas nas instituições educativas nipo-paraguaias. Considerando os referenciais teóricos-metodológicos da história cultural, este estudo dialoga principalmente com as contribuições de Certeau (1982; 1995; 2003), Chartier (2001; 2002) e Thompson (1981; 2001). Entre os resultados obtidos, destacam-se a representatividade das associações japonesas e as relações político-culturais presentes na trajetória dos sujeitos imigrantes na sociedade paraguaia.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.