RESUMO Introdução: Substâncias psicoestimulantes são aquelas com capacidade de aumentar o estado de alerta e a motivação, além de possuírem propriedades antidepressivas, de melhora no humor e no desempenho cognitivo. Por esse motivo, muitos estudantes fazem consumo indiscriminado dessas substâncias. O objetivo deste estudo foi investigar o uso de substâncias estimulantes do sistema nervoso central pelos estudantes de graduação em Medicina da Universidade Federal do Rio Grande -Furg (RS), verificando as substâncias mais utilizadas, os motivos de uso e o perfil dos usuários. Métodos: de 57,5% (IC95% 50,9 a 64,4), sendo que 51,3% destes começaram a usá-las durante a faculdade. O uso de psicoestimulantes no momento da pesquisa teve prevalência de 52,3% (IC95% 45,3 a 59,3) , valendo destacar que 16,6% dos estudantes consumiam mais de uma substância psicoestimulante. As substâncias mais consumidas foram bebidas energéticas (38,0%) e cafeína mais de cinco vezes por semana (27,0%). O consumo de estimulantes foi maior entre os estudantes das séries iniciais do curso. Os principais motivos alegados para o consumo de estimulantes foram compensar a privação de sono (47,4%) e melhorar raciocínio, atenção e/ou memória (31,6%). Em relação aos efeitos percebidos com o uso de estimulantes, 81,2%relataram redução do sono, 70,8% perceberam melhora na concentração, 58,0%, 56,1% e 54,0% reportaram, respectivamente, redução da fadiga, melhora KEYWORDS-Central Nervous System Stimulants.-Medical Students.-Prevalence.-Energy Drinks.-Caffeine.-Methylphenidate. ABSTRACT Introduction METODOLOGIAFoi realizado um estudo quantitativo observacional do tipo transversal entre os estudantes de graduação em Medicina da Furg matriculados nessa instituição no ano de 2015. Não houve cálculo de tamanho amostral, visto que foram elegí-veis para participar do estudo todos os alunos do primeiro ao quarto ano do curso. Os alunos do quinto e do sexto ano do curso de Medicina foram excluídos do estudo devido a dificuldades logísticas para aplicação do questionário. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Área da Saúde (Cepas) da Furg (Parecer nº 064/2014; CAEE: 32030514.7.0000.5324).A pesquisa teve como desfecho o uso de psicoestimulantes. Foram coletadas informações acerca do consumo de cafeína, metilfenidato (Ritalina®), modafinil, piracetam, bebidas energéticas, anfetaminas e MDMA (ecstasy). Quanto à cafeína, foi definido como uso com finalidade psicoestimulante apenas o consumo igual ou superior a três xícaras de café por dia em pelo menos cinco dias na semana. Foram classificados como usuários de estimulantes cognitivos aqueles que declararam ter utilizado ao menos uma das substâncias estimulantes consideradas na pesquisa com a finalidade de potencializar a atividade mental ou estender o período de vigília. Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário padronizado, de autopreenchimento e com questões objetivas. Este questionário, adaptado a partir do instrumento proposto pelo The Smart Drug Study 18, foi respondido pelos ...
Objetivo: analisar a evolução do consumo de psicoestimulantes pelos acadêmicos de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) durante quatro anos.Métodos: foi realizado um estudo de painel com amostra de estudantes do primeiro ao quarto ano do curso de medicina, matriculados na instituição no período de 2015 a 2018. O estudo teve como desfecho o consumo de psicoestimulantes. Foram coletadas informações sobre o uso de cafeína, metilfenidato, piracetam, modafinil, bebidas energéticas, metilenodioximetanfetamina (ecstasy) e anfetaminas. O questionário foi composto de duas etapas. Na primeira, foram recolhidas informações demográficas, sobre hábitos e qualidade de vida. Na segunda, questionou-se sobre o consumo de substâncias estimulantes, abordando a frequência de uso, efeitos percebidos e a motivação para o consumo, assim como o início do consumo durante o curso.Resultados: a prevalência de uso dessas substâncias aumentou de 58% para 68% de 2015 a 2018. A proporção de acadêmicos que começaram a usar psicoestimulantes durante a faculdade, aumentou de 15% para 30%. Essa proporção aumentou conforme o ano do curso, passando de 25% no primeiro ano para 38% no quarto ano. Esse resultado foi atribuído, principalmente, ao uso de metilfenidato, cuja prevalência aumentou de 21% para 56% durante o período do estudo.Conclusões: o consumo de psicoestimulantes entre estudantes de medicina foi alto e o início de seu consumo durante a faculdade aumentou ao longo dos anos. Seu uso tem sido percebido como eficaz pela maioria dos usuários, o que pode dificultar o gerenciamento do uso indevido dessas substâncias.
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