Este artigo é o resultado de uma pesquisa sobre a formação básica em Astronomia nos cursos de Licenciatura em Física que fizeram o exame nacional ENADE 2011. O objetivo do trabalho foi identificar se há disciplinas de Astronomia nesses cursos, se ela é obrigatória ou optativa/eletiva, qual a sua carga horária e o período em que é oferecida. Pesquisou-se também a relação entre astrônomos, cursos de Licenciatura em Física e disciplinas de Astronomia. Para realizar essa pesquisa utilizamos os dados do ENADE 2011 e também do censo da Astronomia brasileira. Como resultado, se observa que em apenas 15% dos cursos existe uma disciplina obrigatória de Astronomia e que há uma grande probabilidade de que 85% dos professores de Física formados em 2011 não cursaram nenhuma disciplina de Astronomia durante a graduação. Além disso, os dados levantados nesse trabalho apontam um baixo número de filiados à SAB nos cursos pesquisados. Identifica-se que ter astrônomos na instituição não implica em disciplina obrigatória de Astronomia no curso de Licenciatura em Física.
Resumo Após uma revisão na literatura vimos que o Problema Restrito de Três Corpos (PRTC) é um tema com algumas publicações voltadas, principalmente, para a resolução do problema matemático, com muito poucas aplicações em situações reais e contextualizadas. Além disso, ao analisarmos alguns livros textos de mecânica clássica utilizados nos cursos de física, observamos que o PRTC não é desenvolvido e explorado didaticamente. Apoiados nessas análises o nosso objetivo neste trabalho é apresentar, desenvolver e aplicar o PRTC para simular as órbitas de dois astros do sistema solar: a do asteroide troiano da Terra, 2010 TK7, e a libração de Plutão devido a Netuno. Para resolver as equações diferencias do PRTC utilizamos o método de Cauchy em um código escrito na linguagem de programação Python. Nos dois casos estudados conseguimos verificar as trajetórias, valores e comportamentos orbitais dos astros. Por isso, entendemos que o PRTC pode ser aplicado para simular o movimento de diversos astros do sistema solar e, consequentemente, ser utilizado como um recurso pedagógico para contextualizar conceitos de mecânica celeste e dinâmica orbital. Uma vez que ele se relaciona com o estudo das equações diferencias, com a gravitação universal e com os métodos numéricos.
Resumo Neste trabalho mostramos como observar um trânsito planetário com um telescópio de pequena abertura, bem como a estratégia utilizada para selecionar o objeto, fazer as observações, o tratamento e a análise dos dados. Como exemplo observamos o trânsito planetário na estrela WASP 76 e fizemos uma estimativa do tempo do trânsito, do raio do planeta, do semieixo da órbita e da inclinação orbital. Os resultados obtidos mostram que mesmo com telescópios com configurações instrumentais modestas e instalados em locais com poluição luminosa é possível obter dados satisfatórios do trânsito planetário em estrelas brilhantes. A partir desse resultado defendemos que é possível realizar trabalhos de Astronomia observacional com telescópios de pequena abertura, como os inúmeros que existem nos diversos miniobservatórios instalados em universidades e centros de pesquisa do Brasil, de forma a proporcionar o letramento científico de estudantes de cursos de graduação e do ensino médio.
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