Introdução: Os óleos essenciais (OE) são produtos naturais constituídos por compostos voláteis e aromáticos extraídos de diferentes partes de plantas que podem apresentar atividade antimicrobiana contra patógenos (1). A Rosmarinus officinalis L. (alecrim) é uma planta medicinal nativa da região mediterrânea e comumente utilizada como condimento e conservante de alimentos. Além disso, possui atividade antiinflamatória, antioxidante, antimicrobiana, antiproliferativa, antitumoral e protetora(2). A Escherichia coli é um patógeno bacteriano gram-negativo. Na última década várias cepas multirresistentes de E. coli evoluíram devido ao crescente uso de antimicrobianos, tornando-se um desafio clínico e epidemiológico (3). Em virtude disso, os pesquisadores têm investigado abordagens alternativas para seu tratamento. Objetivos: Produzir uma revisão bibliográfica sobre a atividade antimicrobiana do óleo essencial de Rosmarinus officinalis frente à Escherichia coli. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa. Utilizaram-se artigos obtidos nas bases de dados: BVS, PubMed e SciELO. Os descritores consultados foram “Rosmarinus officinalis”, “Oils, Volatile” e “Escherichia coli”. Os artigos selecionados foram publicados em inglês no período de 2016 a 2021. Resultados: Foram obtidos 22 artigos inicialmente e ao final foram selecionados 5 artigos que atenderam aos objetivos do estudo. Observou-se pelo método de difusão em disco que o OE de R. officinalis apresentou ação inibitória forte e leve, em 14% e 42% respectivamente, nos isolados de E. coli testados. Além disso, o OE de R. officinalis demonstrou efeito antibiofilme em 86,36% dos isolados testados. Dentre eles, 77,27% tornaram-se biofilme negativos além da cepa de referência. A porcentagem de inibição variou de 28,84% a 94,75% (4). A atividade inibitória no ensaio de difusão em disco do OE de R. officinalis foram eficazes na concentração de 100% (v/v) e apresentaram uma boa atividade antagonística em concentração de 0,5% (v/v) nas cepas de E. coli (5). O diâmetro da zona de inibição do teste de difusão em disco demonstra que o OE de R. officinalis é muito sensível contra E. coli. Foi analisado que os valores de MICs (Concentração Inibitória Mínima) e MBCs (Concentração Bactericida Mínima) do OE de R. officinalis foram iguais, indicando uma ação bactericida nos valores de MIC. Dessa forma, a atividade antibacteriana é dependente da composição química do OE, das cepas bacterianas testadas e os métodos usados. Conclusões: As propriedades antimicrobianas do OE de R. officinalis torna-o uma alternativa no controle de infecções por E. coli. Contudo, estudos adicionais são necessários para substituir os tratamentos medicinais tradicionais pelo OE de R. officinalis.
Introdução: A Plantago major L. é popularmente conhecida como tanchagem pertence à família Plantaginacea. Tem estrutura perene com folhas rosetadas, as flores e folhas jovens são comestíveis. Utilizada na medicina popular para o tratamento de lesões na pele, gengivite, abcessos, dor de dente. Possui grande variedade de bioativos como alcalóides, terpenos, flavonóides, vitaminas. A sua atividade funcional é relacionada a presença desses compostos químicos.(1) Objetivos: Realizar um levantamento bibliográfico para identificar a atividade antimicrobiana de P. major. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa realizada por busca nas bases de dados Pubmed, SciELO e BVS, trabalhos indexados no período de 2016 a 2021. Foram utilizados para busca dos artigos os seguintes descritores “Plantago major” e “antimicrobial”. Como critério de inclusão foram pesquisados artigos em inglês, espanhol e português, disponíveis na íntegra, estudos com informações referentes ao uso da espécie como agente antimicrobiano. Os critérios de exclusão foram os artigos duplicados, revisões bibliográficas. Resultados: Foram encontrados 18 artigos, após realizar uma análise criteriosa do material, foram incluídos na revisão 6 trabalhos. Um dos trabalhos sugeriu a utilização de extrato de P. major como enxaguante bucal para o tratamento de mucosite oral.(2) Em outro estudo a aplicação do extrato de P. major mostrou atividade antibacteriana contra Pseudomonas tolaasii, resultando um maior diâmetro inibitório. Também apresentou inibição de crescimento contra Pseudomonas aeruginosa utilizando a técnica de disco, com o aparecimento de halos de inibição de crescimento maiores que 1 cm. No ensaio de citotoxicidade, o grau de hemólise foi classificado como baixo (5%), logo, indicando a segurança no uso da tanchagem(3) Utilizando sementes de P. major aplicadas em nanoparticulas apresentou atividade aceitável contra Micrococcus luteus, Escherichia coli e Penicillium digitatum. Além desses patógenos, outro estudo evidenciou que o extrato etanólico (75%;100%) de tanchagem apresentou efeito antibacteriano in vitro contra Porphyromonas gingivalis, apresentando halos de inibição.(4) Também foi obtido resultados contra Cândida albicans, aplicando extrato de P. major, com aucubina e baicaleína, atuando na hidrofobicidade de C. albicans, demonstrando eficácia como antifúngico, sugerindo ser um potencial promissor para infecções relacionadas ao biofilme por C. Albicans.(5) Conclusões: A partir desses resultados é possível identificar a possibilidade do uso de Plantago major para fins terapêuticos, fitoterápicos ou nutricionais sendo necessário realizar mais estudos quanto a sua atividade antimicrobiana além de testes quanto à sua toxicidade.
Introdução: A Onicomicose é o termo empregado para descrever uma infecção fúngica oportunista, causada por leveduras ou por dermatófitos. Apesar de ser uma doença restrita a unha, o tratamento padrão é longo, com efeitos colaterais, dispendioso, pouco efetivo e ainda dependente de administração por via oral e tópica em associação. (1) Sendo assim, a busca por alternativas faz-se necessária. A Melaleuca alternifolia (MA) é uma planta nativa da Austrália utilizada tradicionalmente pelos povos aborígenes para tratamento de feridas e infecções de pele. (2) O óleo essencial de Melaleuca possui ação antimicrobiana estabelecida na literatura e vem sendo largamente explorado pela indústria cosmética. (3) Objetivos: Realizar um levantamento bibliográfico para investigar a ação antifúngica do óleo essencial de MA no combate da onicomicose. Métodos: Através da revisão de literatura do tipo narrativa, com o auxílio de um protocolo de inclusão e exclusão criado foi realizada uma busca de trabalhos científicos publicados em inglês, português ou espanhol, nas seguintes bases de dados: Lilacs, PubMed, Google Acadêmico e SciELO. O string de busca utilizado foi “Melaleuca” e “Onicomicose”, ambos baseados em terminologias cadastradas pelo DeCS e MeSH. Resultados: A busca resultou em 22 trabalhos científicos dos quais 4 foram incluídos por atenderem ao protocolo de inclusão. Observou-se que há uma escassez de trabalhos que tratem sobre a onicomicose e a MA. Os trabalhos publicados apresentaram variedade na metodologia e no grupo controle utilizado. No entanto, os trabalhos existentes apontam que a MA possui melhor eficácia em associação com antifúngicos azólicos. Devido a dificuldade das substâncias de atravessar a lâmina ungueal, o óleo essencial de MA nas formas farmacêuticas de nanotecnologia, como nanocápsulas e nanoemulsões apresentaram melhores resultados. A MA apresentou melhor ação contra o dermatófito T rubrum em diferentes modelos in vitro, alem de ação contra T mentagrophytes e C albicans, considerados os três principais agentes causadores de onicomicoses. Conclusão: O óleo de MA é um seguro e promissor antimicrobiano cujos indícios apesar de positivos ainda são poucos e não padronizados para comprovar eficácia, portanto faz-se necessário mais estudos in vivo com grupo controle adequado e metodologia padronizada para determinar se de fato o óleo de MA pode vir a ser de fato um agente valioso no tratamento da onicomicose.
Introdução: A Curcuma longa L. pertence ao grupo das plantas de especiarias mais antigas cultivadas nos países do sudeste asiático. A Curcuma é utilizada como condimento e apresenta efeitos sobre a natureza, a cor e o sabor dos alimentos (1). Além disso, possui aplicações terapêuticas e apresenta efeitos antioxidante, antitumoral, antimicrobiano, anti-inflamatório, cicatrizante e gastoprotetor (2). O Staphylococcus aureus é um patógeno humano oportunista que causa doenças em ambientes comunitários e hospitalares (3). As infecções causadas por S. aureus multirresistente são responsáveis por alta mortalidade e morbidade em todo o mundo. Com isso exige o desenvolvimento de novas estratégias para sua prevenção e tratamento (4, 5). Objetivos: Produzir uma revisão bibliográfica sobre a atividade antimicrobiana da Curcuma longa frente à Staphylococcus aureus. Métodos: Trata se de uma revisão de literatura integrativa. Utilizaram-se artigos obtidos nas bases de dados: BVS, PubMed e SciELO. Os descritores consultados foram “Curcuma” e “Staphylococcus aureus”. Os artigos selecionados foram publicados em inglês no período de 2016 a 2021. Resultados: Foram obtidos 70 artigos inicialmente e ao final foram selecionados 10 artigos que atenderam aos objetivos do estudo. Entre os trabalhos observou-se que a C. longa possui propriedades antimicrobianas e apresenta efeito inibitório frente à S. aureus. A curcumina demonstrou efeitos muito altos contra cepas clínicas de S. aureus sensível à meticilina. Além disso, nanopartículas de curcumina demonstraram efeito antimicrobiano nas cepas de S. aureus testadas. Observou-se que as nanopartículas de prata com curcumina mostraram mais eficácia contra bactérias gram-negativas do que para bactérias grampositivas, como o S. aureus. Foi analisado que curcumina e/ou o co-tratamento com ácido ascórbico causou peroxidação lipídica em S. aureus e por extensão levou a danos no DNA. Além do mais, a nanorcurcumina exibiu atividades antimicrobianas mais potentes contra o S. aureus em comparação com a curcumina. O extrato de C. longa inibiu S. aureus e demonstrando ser uma especiaria com capacidade de controle bacteriano. Entretanto, um trabalho não mostrou boa atividade antimicrobiana para S. aureus e isso pode estar relacionado à concentração e o método de obtenção dos extratos utilizados. Alguns monocurcuminóides, em altas concentrações, exerceram efeito bactericida em S. aureus. Enquanto o óleo essencial da C. longa provocou hemólise e inibiu S. aureus. Conclusões: A C. longa pode ser considerada um agente anti-infeccioso promissor e pode ser utilizada no controle de infecções por S. aureus. Contudo, estudos adicionais são necessários para a produção de novos antimicrobianos com C. longa.
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