Por trás da desigualdade social há sofrimento, medo, humilhação, mas há também o extraordinário milagre humano da vontade de ser feliz e de recomeçar onde qualquer esperança parece morta. A Psicologia tem o dever de resguardar essa dimensão humana nas análises e intervenções sociais, desmentindo as clássicas imagens dos desvalidos contentando-se em se conservarem vivos. Assim, ela colabora com o aperfeiçoamento de políticas sociais, evitando mecanismos de inclusão social perversa. A concepção de afeto de Espinosa e a de liberdade de Vigotski são pressupostos importantes: um afeto que é a base da ética e da política; uma liberdade que exige a ação coletiva e não se confunde com livre-arbítrio, tendo por base a criatividade e a imaginação. Nessa perspectiva, um dos desafios do combate à desigualdade social é elucidar o sistema afetivo/criativo que sustenta a servidão nos planos (inter)subjetivo e macropolítico, para planejar uma práxis ético/estética de transformação social.
.B. A bolsa na mediação "estar ostomizado" -"estar profissional": análise de uma estratégia pedagógica. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 8, n. 3, julho INTRODUÇÃOA educação pós-moderna é caracterizada pela ruptura. Ruptura com o velho, o convencional e o igual. Trata-se de incluir e trabalhar com as diferenças, com a singularidade, o que, certamente, implica em desenvolver uma "consciência crítica na forma de entender as coisas" (PILON, 1995).Ao analisar o perfil dos especialistas estomaterapeutas (ETs) egressos dos Cursos de Especialização em Enfermagem em Estomaterapia da Escola de Enfermagem da USP nos primeiros anos de seu estabelecimento -a partir de 1990 -este revelava-se insatisfatório no que concerne à transformação da prática profissional vigente e à construção dessa nova especialidade dentro da Enfermagem (SANTOS et al., 1993).Buscando uma coadunação com os preceitos e características dessa educação pós-moderna e embasando-nos nos resultados não só do estudo citado mas, também, no próprio processo avaliativo dos alunos -enfermeiros, propusemos uma dramatização acerca do significado do ser ostomizado como estratégia educativa que possibilitasse o que denominamos de "sensibilização" frente a essa clientela, sujeito -paciente de seu cuidar, em direção ao desenvolvimento da tão almejada "consciência crítica".Identificada a bolsa coletora como elemento patognomônico do ostomizado, ao representar a extensão do próprio corpo, uma vez fixada ao estoma, e ao permitir a materialização da vivência do corpo alterado e a mediação da percepção da qualidade do sofrimento do ostomizado além de serem ambos -bolsa/ostomiaaspectos concretos do cuidar físico do enfermeiro, passamos à experiência de sua utilização como estratégia educativa. A avaliação desta atividade pedagógica relacionada especificamente à análise da (re)construção de significações sobre a ostomia, o ostomizado, o cuidar em enfermagem e o papel profissional, imagem corporal e qualidade de vida constituiu o objetivo deste estudo. REFERENCIAL TEÓRICOAo buscar sensibilizar os enfermeiros-alunos do Curso de Especialização com a vivência, por 24 horas,
Trata-se da reflexão sobre o paradigma transdisciplinar do processo saúde-doença, apontando a mediação simbólica entre as reações do organismo biológico e os fatores sócio-ambientais, inclusive os patogênicos. A mediação simbólica trabalhada na interface com a teoria das Representações Sociais permite o conhecimento dos referentes das ações individuais e coletivas do processo saúde-doença.
"Em um de seus trabalhos de juventude 1 , Marx afirmou que se a psicologia desejasse tornar-se uma ciência realmente significativa, teria que aprender a ler o livro da história da indústria material, que contem 'as forças humanas essenciais', que é a encarnação concreta da psicologia humana".(Vigotski, A Modificação Socialista do Homem, p.117)
"SIM" é a resposta à pergunta título defendida da perspectiva da psicologia sócio-histórica, que recupera as raízes espinosanas de Marx, Vigotski, Lukács. Considerando que uma teoria pode se transformar em força prática a favor da vida, entende-se que a negação dialética do neoliberalismo extrapola a negação do trabalho alienado: ela é a negação da essência do trabalhador como incapaz de criar, de desejar e de agir coletivamente. Destaca a inoperância das lutas exclusivamente contra alienações particulares ou decorrentes do capital, defendendo que devem se dirigir também à potência de ação, para evitar a reação. Define o trabalho do psicólogo social como atividade revolucionária prático-crítica, orientando-se pela dupla espinosista comum-multitudo e propõe a dialética singular/particular/universal como o seu espaço ontológico.
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