Após o nascimento a interação do recém-nascido com o mundo é facilitada pela mãe. Estudos indicam que mães deprimidas podem interagir pouco com seu bebê, gerando déficits comportamentais e cognitivos ao longo do desenvolvimento. Desta forma este estudo pretendeu descrever e relacionar o índice de depressão pós-parto apresentado por mães de bebês e as práticas e crenças sobre cuidado primário e estimulação. Foi utilizada a "Escala de Edinburgh de Depressão Pós-Parto-EPDS" e a "Escala de crenças parentais e práticas de cuidado (E-CPPC) na primeira infância". Os resultados obtidos com 132 mães indicaram sintomas de depressão para 29,5% da amostra. Com relação às práticas houve diferenças significativas entre os grupos clínicos e não clínicos na dimensão Estimulação, indicando que mães deprimidas podem interagir e estimular menos seus bebês. Desta forma têm-se aí um grupo de risco em que a díade deve ser cuidada garantindo saúde e um desenvolvimento adequado.
O objetivo do estudo foi descrever e comparar práticas parentais e crenças sobre desenvolvimento de 23 mães de bebês nascidos prematuros de muito baixo peso e de 23 mães de bebês nascidos a termo. Os dados sociodemográficos foram coletado em uma entrevista inicial e foi aplicada a "Escala de crenças parentais e práticas de cuidado na primeira infância" (E-CPPC). Os dados obtidos indicaram que na dimensão Cuidados Primários não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos quanto às práticas, mas houve diferenças considerando as crenças. Para a dimensão Estimulação, as mães de bebês prematuros a realizam em maior frequência do que as mães dos bebês a termo, mas acham menos importante fazê-las. Ou seja, mostram-se informadas a respeito de cuidado e estimulação e como fazê-la, entretanto, parece que não entenderam a sua importância. Os dados sugerem que no serviço de intervenção precoce aprendem a estimular seu bebê, mas não porque fazê-lo.
A depressão que se inicia no puerpério é denominada como depressão pós-parto materna (DPP-M). A Síndrome de Down (SD) é uma cromossomopatia de alta incidência que ocasiona manifestações físicas, clínicas e intelectuais específicas. Objetivou-se descrever e comparar a frequência da DPP-M e de características sociodemográficas em mães de bebês com e sem SD e identificar possíveis preditores da DPP-M entre as variáveis sociodemográficas maternas, do bebê e familiares. Participaram 60 díades. Utilizou-se um questionário sociodemográfico e a Edinburgh Postpartum Depression Scale (EPDS). Os resultados não indicaram diferença significativa nos índices de DPP-M dos grupos, sendo esses mais elevados em mães de bebês sem SD. Comparando as variáveis sociodemográficas, o número de filhos e a idade do bebê foram maiores entre mães de bebês com SD e mais mães de bebês sem SD trabalham fora. A escolaridade, o tipo de família e a idade do bebê foram preditores para DPP-M.
Depressão pós-parto (DPP) é um transtorno que afeta a saúde da mulher e a qualidade da relação mãe-bebê. Este estudo comparou a DPP de mães de bebês sem e com fissuras labiais, palatinas e labiopalatinas, e identificou as variáveis preditoras da DPP considerando a amostra como um todo. Participaram 120 mães, sendo 60 de bebês com fissuras e 60 de bebês sem condição de risco. Para a coleta foram utilizados: protocolo de entrevista e Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EDPE). Resultados apontaram maior incidência de DPP em mães de bebês sem fissura (30%) do que em mães de bebês com fissura (20%). Porém, não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. As variáveis que explicaram a ocorrência de DPP foram: menor escolaridade materna, menor número de filhos, ausência de fissura no bebê, maior idade do bebê, e menor condição socioeconômica.
O nascimento de um bebê com Síndrome de Down (SD) irá exigir um processo de adaptação mais intenso por parte dos pais, especialmente pela mãe, o que pode impactar na maneira com que ela se relaciona com seu bebê. A escassez de estudos que avaliem a interação entre mãe e filho nessa condição apontam para a relevância de estudos que possam contribuir para minimizar os prejuízos desenvolvimentais globais que essa criança pode apresentar e os efeitos negativos em longo prazo para a díade. Objetivou-se descrever, comparar e correlacionar comportamentos interativos e não-interativos infantis e maternos, considerando os grupos de mães e bebês com e sem Síndrome de Down (SD), com base em grandes categorias e suas subcategorias comportamentais. Os resultados evidenciaram que uma interação positiva de um dos integrantes da díade favorece uma resposta positiva do outro integrante. Comportamentos de exploração, auto conforto e passividade diminuíram a probabilidade de interações positivas entre a díade. E a semelhança nos comportamentos dos bebês dos dois grupos sugere um possível ajustamento das mães de bebês com SD frente às demandas de seus filhos. Por fim, reconhece-se a relevância do presente estudo e também suas limitações, indicando a necessidade de continuidade e ampliação de estudos nessa área.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.