A valorização das relações interpessoais no trabalho tem trazido novas demandas para a formaçãoprofissional universitária, especificamente, em relação ao ensino e desenvolvimentode habilidades interpessoais aliadas às habilidades acadêmicas e técnicas. Este estudo avaliouum programa de treinamento de habilidades sociais com universitários de cursos de CiênciasExatas. Participaram 35 estudantes, sendo 23 homens e 12 mulheres, distribuídos emtrês diferentes grupos consecutivos de intervenção. A avaliação do repertório de habilidadessociais foi realizada com o Inventário de Habilidades sociais (IHS), antes, em uma sessão intermediária,imediatamente após o programa e três meses ao término da intervenção. Tantonas análises de grupo como nas individuais foi possível observar aquisições em habilidadessociais e manutenção delas, especialmente no Escore Total e nas subescalas F1 - Enfrentamentocom risco e F4 - Autoexposição a desconhecidos ou situações novas. Os resultados indicarameficácia e efetividade de um programa de desenvolvimento profissional interpessoalpara universitários em transição para o mercado de trabalho e sugere novas questões de pesquisa.
RESUMOO desenvolvimento do repertório de habilidades sociais de crianças, incluindo-se neste a classe de comportamentos empáticos, pode ser influenciado por diferentes fatores socioculturais que interagem com características individuais. Considerando essa questão, o presente estudo teve por objetivos: (a) verificar diferenças e semelhanças no repertório de empatia de crianças cegas e videntes; (b) verificar se há influência das variáveis sociodemográficas sobre o repertório empático de crianças cegas e videntes. Participaram 16 crianças cegas e 16 videntes, matriculadas em escolas regulares, com idade entre sete e 10 anos, seus pais e professores. Utilizou-se, na coleta de dados, o Questionário de Avaliação dos Indicadores Comportamentais de Empatia das Crianças (respondido pelos pais e professores); o Sistema de Avaliação de Habilidades Sociais (SSRS-BR); um roteiro de observação do comportamento empático em situação estruturada; um protocolo de observação molar e molecular dos comportamentos empáticos. Os dados mostraram que, quanto o repertório empático, não houve diferença estatisticamente significativa entre as crianças cegas e videntes e que esse resultado não foi afetado pelas variáveis sociodemográficas focalizadas nesse estudo. Conclui-se, portanto, que a ausência da visão não comprometeu o desenvolvimento de empatia pelas crianças cegas e que os resultados encontrados estão de acordo com a literatura da área. Rcncxtcu/ejcxg: empatia; variáveis sociodemográficas; crianças cegas e videntes. ABSTRACT Empathic Social Skills of Sighted and Blind Children: The Possible Influence of Sociodemographic VariablesThe development of the social skills repertoire in children, including empathic behaviors may be influenced by different cultural/social factors that interact with individual characteristics. Considering this question, the present study aimed to: (a) verify differences and similarities in the repertoire of empathy in blind and sighted children and (b) identify a possible influence of the socio-demographic variables on the empathic repertoire of blind and sighted children. Participants included 16 blind children and 16 sighted, attending regular schools, aged between seven and 10, along with their parents and teachers. Data was collected through the Questionnaire for the Evaluation of the Empathy Behavioral Indicators of Children (answered by the parents and teachers); the Social Skills Rating System (SSRS-BR); a script for the observation of the empathic behavior in structured situations; a protocol of molar and molecular observation of the empathic behaviors. Data indicated that, in relation to the empathic repertoire, there was no statistically significant difference between blind and sighted children and that this result was not affected by the socio-demographic variables measured in this study. Therefore, the lack of the sight did not compromise the development of empathy of blind children. The current findings are in accordance with the literature. Mg{yqtfu: empathy; socio-demographic variables; blin...
ResumoA expressividade facial de emoções (EFE), tanto em termos topográfi cos como funcionais, é componente indispensável no desempenho de habilidades sociais (HS). O presente estudo teve como objetivo avaliar um programa de intervenção sobre a EFE e o repertório de habilidades sociais de três crianças cegas, três com baixa visão e três videntes, conforme autoavaliação e avaliação de juiz, pais e professores. Com um delineamento pré e pós-teste com sujeito único, com múltiplas sondagens e replicações intra e entre sujeitos com diferentes graus de comprometimento visual, a intervenção foi realizada ao longo de 21 sessões. Os resultados mostraram mudanças relevantes em termos de melhoria da EFE, bem como seu impacto sobre as classes de habilidades sociais. Palavras-chave: Expressão facial de emoções, habilidades sociais, intervenção, defi ciência visual. AbstractThe Facial Expression of Emotions (FEE), in its functional and topographic properties, is an essential component of social skills (SS) performance. This study aimed to evaluate a program intervention focused on the FEE of nine children (three blind, three with low vision and three sighted). The intervention impact on children's FEE and their social skills were evaluated by parents, teachers and the children themselves. The intervention was conducted along 21 single-subject sessions, with pre and post evaluation, as well as intra and inter probes and replications among subjects comparing different degrees of visual impairment. Results showed important changes in terms of improving FEE as well as its impact on social skills performance.
As relações interpessoais têm passado por grandes transformações nas últimas décadas e com isso o interesse em estudar esta temática vem aumentando consideralvemente. Várias áreas do conhecimento têm se proposto a investigar esse fenômeno, com destaque para o campo teórico-prático das Habilidades Sociais (HS). No Brasil, são vários os pesquisadores interessados nesse campo de conhecimento, entre eles, Almir e Zilda Del Prette que, nos últimos anos vêm se dedicando com exclusividade à investigação desse tema. Esses pesquisadores foram os responsáveis pelas primeiras publicações sobre habilidades sociais em nosso país e ultimamente ambos têm incentivado a criação de grupos de pesquisadores em outras universidades. Uma das formas desse incentivo tem se concretizado por meio da coordenação do grupo de pesquisa Relações Interpessoais e Habilidades Sociais (RIHS -http://www.rihs.ufscar.br) e do Grupo de Trabalho (GT) Relações Interpessoais e Competência Social, na Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP -http://www.anpepp.org.br). Esse GT congrega vários grupos de pesquisa sobre habilidades sociais no Brasil. Os líderes desses grupos reúnem-se a cada dois anos em um evento organizado pela ANPEPP, no qual discutem e delimitam os diferentes objetos de pesquisa e planejam atividades de divulgação científica como congressos, simpósios, encontros, publicações em parceria para os dois anos seguintes a esse evento. Todo esse movimento tem contribuído para que o Brasil seja o país da América Latina com maior número de publicações e pesquisadores na área de Habilidades Sociais. De acordo com o estudo bibliométrico sobre a produção científica desse campo teórico-prático das habilidades sociais na América Latina, de Nilsson, Suarez e Olaz (s.d.), o país é responsável por cerca de 72% dessa produção. O
Considerando os procedimentos para evocação, registro e julgamento das expressões faciais de emoções, bem como a carência de pesquisas que avaliem essas diferentes metodologias, o presente estudo teve como objetivo analisar a sensibilidade diferencial dos procedimentos de evocação e registro das expressões faciais de emoções (EFE) de crianças com deficiência visual e videntes obtidas antes, durante e após um programa de intervenção que visou ensinar e aperfeiçoar o repertório de EFE na interface com as habilidades sociais. Participaram da pesquisa, que adotou um delineamento pré e pós-teste com sujeito único, com múltiplas sondagens e replicações intra e entre sujeitos, e intervenção com 21 sessões, três crianças cegas, três com baixa visão e três videntes, assim como os pais, professores e um juiz, que avaliaram as expressões faciais de emoções das crianças em diferentes momentos, evocadas e avaliadas de formas diversas, além de serem registradas por fotografias e filmagens. Os resultados mostraram que na sondagem que ocorreu após a intervenção a porcentagem de acertos das expressões faciais de emoções de todas as crianças foi maior, seja no registro por fotografia ou por filmagem. Além disso, o repertório de expressão facial de emoções de todos os participantes, avaliado pelos pais, professoras e juiz, foi aprimorado e mantido após o programa de intervenção, assim como a qualidade da expressividade de emoções pela face.
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