A terapia fotodinâmica (TFD) é uma técnica bastante promissora, por apresentar alta seletividade, ser minimamente invasiva, com poucos efeitos colaterais. A técnica se baseia em uma reação química ativada por luz, que, para acontecer, conta com três componentes básicos: fonte de luz, oxigênio e um fármaco fotossensibilizante. Apesar de todas as vantagens oferecidas pela TFD, ainda existem alguns aspectos que impedem o uso isolado da TFD no tratamento oncológico, por existir um ambiente de hipóxia no tumor. Além disso, melhorar o direcionamento da entrega do fármaco tem sido um desafio. Este estudo objetivou analisar novas tecnologias empregadas nos nanocarreadores baseados em células animais aplicadas na terapia fotodinâmica. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, em que o levantamento de dados foi feito selecionando artigos publicados entre os anos de 2015 e 2018, utilizando os bancos de dados PubMed, BVS e SciELO. Ao final desse levantamento, 16 artigos foram selecionados, sendo que 10 tratam do uso de hemácias, 4 de células tumorais, 1 de células NK (Natural Killer) e 1 de células endoteliais para o revestimento e transporte de nanopartículas. As tecnologias mostraram-se bastante promissoras para a administração de drogas na terapia fotodinâmica, acrescentando ainda características próprias de cada célula e promovendo a possibilidade de combinação com outras terapias. Conclui-se, portanto, que a utilização de nanocarreadores baseados em células animais, no contexto da terapia fotodinâmica em oncológica, melhora o transporte dos fármacos, o tempo de circulação sanguínea e o aumento da ação fotodinâmica. Neste contexto, o uso de lipossomas se mostrou mais eficaz, com potencial de, juntamente com outras técnicas terapêutica, aumentar a capacidade de supressão tumoral.