Objetivo: Refletir sobre a aplicabilidade da teoria do Conforto de Kolcaba para a assistência de Enfermagem à criança durante a puericultura. Método: Estudo teórico-reflexivo, construído com base na leitura crítica das teorias de enfermagem, cuidados de enfermagem na puericultura e na necessidade de discutir a formação do enfermeiro nessa perspectiva. Resultados: A teoria do conforto de Kolcaba é uma teoria de médio alcance que pode ser aplicada à prática dos profissionais de enfermagem em pediatria, uma vez que possui um referencial teórico que avigora a enfermagem enquanto ciência, além de estar associada e fundamentada ao processo de enfermagem. A teoria estabelece duas dimensões para o conforto: a primeira referente aos estados de conforto, que abrangem o alívio, a tranquilidade e a transcendência; e a segunda dimensão referente aos contextos físico, psicoespiritual, sociocultural e ambiental em que o conforto está inserido. Conclusão: A teoria do conforto apresenta-se como um referencial teórico de fácil aplicabilidade para saúde infantil. A partir da utilização dessa teoria, a enfermagem reconhece as necessidades da criança, promovendo o conforto e, consequentemente, o cuidado em saúde.
Objetivo: descrever o perfil clínico-epidemiológico de casos confirmados e sintomáticos da COVID-19 que evoluíram para recuperação sem internação hospitalar num município do Nordeste brasileiro. Método: estudo ecológico realizado a partir de dados secundários do eSUS-VE do Ministério da Saúde e FormSUS da Secretaria Municipal de Saúde de São Cristóvão, Sergipe, Brasil. Foram avaliadas 1.098 pessoas sintomáticas com laudo positivo para COVID-19 entre abril e agosto de 2020, que por sua vez evoluíram para recuperação sem internação hospitalar, seja em leitos de enfermaria e/ou UTI. Resultados: a média de idade dos casos recuperados sem internação hospitalar foi de 38,6 anos e a maioria era do sexo feminino (59,1%). Os sintomas mais prevalentes foram cefaleia (62,7%; n= 688), tosse (60,7%; n= 666) e febre (53,4%; n= 586). Mais da metade apresentou até três sintomas simultâneos (65,3%). A dispneia foi o sintoma menos referido (19,9%). Somente 22,6% possuíam comorbidades, sendo as mais comuns a hipertensão arterial e diabetes. Conclusão: evidenciou-se predomínio de jovens e adultos sem comorbidades entre os casos leves da COVID-19 que evoluíram para recuperação sem internação hospitalar.
O objetivo dessa revisão é identificar as evidências disponíveis na literatura sobre a atuação/participação da enfermagem na elaboração de um plano de alta para pacientes com IC para embasar uma dissertação de mestrado que propõe construir e validar um plano de alta para pacientes com IC, fundamentado na Teoria do Déficit do Autocuidado de Orem e Nursing Interventions Classification (NIC). A questão de pesquisa que norteou a investigação foi: Quais as evidências disponíveis na literatura sobre a atuação/participação da enfermagem na elaboração de um plano de alta para pacientes com IC? A revisão foi realizada no período de junho a agosto de 2020. Com a busca inicial nas bases de dados foi possível identificar 84 artigos primários, sendo 19 na SCOPUS, 15 no PubMed, 15 na LILACS, 12 na EmBase, 12 na BDENF, 06 na CINHAL e 05 na Web of Science. Após a leitura do título e resumo, foi possível excluir 42 estudos, restando apenas 21 para leitura na íntegra. Após essa etapa, 09 artigos restaram na amostra final. Os estudos analisados nesta revisão evidenciam a importância da enfermagem no processo de alta dos pacientes com IC, sendo possível identificar possíveis formas de atuação como: uso de cartão de alerta e fichário pessoal de saúde educativo, educação em saúde sobre a adesão a terapia medicamentosa e não medicamentosa, instigação do envolvimento do paciente e da família como ferramentas fundamentais para diminuir o número de reinternações hospitalares.
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