Este artigo buscou explorar a abordagem dermatológica da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) em mulheres em idade reprodutiva. Apesar de ainda apresentar etiologia incerta, os componentes relacionados à SOP abrangem fatores genético e endócrino, por exemplo, o comprometimento de genes, o aumento da secreção do Hormônio Luteinizante (LH) e a diminuição da produção do Hormônio Folículo Estimulante (FSH). Suas manifestações cutâneas cursam, principalmente, com acne, dermatite seborreica, hirsutismo, alopecia androgenética e acantose nigricans, apresentando repercussões negativas no bem-estar e no estado psicossocial da paciente. Para realizar o diagnóstico, pelo menos dois entre os três critérios estabelecidos pelo Consenso de Rotterdam devem ser contemplados, sendo eles o hiperandrogenismo, a irregularidade do ciclo menstrual e a presença de ovários policísticos em ultrassonografia. As mudanças no estilo de vida aliadas ao tratamento multiprofissional têm apresentado benefícios como medida terapêutica. Nesse contexto, torna-se importante conciliar a atuação dermatológica às abordagens voltadas para o controle da síndrome, a fim de controlar as manifestações clínicas e prevenir o surgimento de maiores repercussões emocionais e metabólicas que alteram a qualidade de vida dessas pacientes.