RESUMO Carcinoma de células escamosas (CCE) cutâneos são neoplasias comuns nas espécies domésticas, porém pouco frequentes na glândula mamária. Objetivou-se relatar um caso de CCE primário de mama com metástase em linfonodo regional e seus achados histopatológicos. O animal em questão era uma cadela, sem raça definida, de dez anos de idade, com histórico de neoplasia na região abdominal, com recidiva após remoção cirúrgica. O animal foi encaminhado para avaliação clínica apresentando em mamas abdominais caudais direita e esquerda e inguinais direita e esquerda, massas ulceradas e aderidas em musculatura. A paciente em questão foi submetida à mastectomia para remoção da neoplasia e posteriormente realização de exame histopatológico. Microscopicamente observou-se proliferação de células epiteliais arranjadas ora em ninhos, cujo centro encontrava-se preenchido por pérolas de queratina. As células apresentaram formato variando de arredondado a poliédrico, com citoplasma amplo, eosinofílico, núcleo central, ovalado, cromatina frouxa e nucléolo evidente, por vezes múltiplo. Notou-se também pleomorfismo celular, com elevada anisocitose e anisocariose. Foi diagnosticado CCE mamário. O linfonodo inguinal esquerdo apresentava perda da arquitetura normal em decorrência da invasão da córtex e medular por células epiteliais neoplásicas, que se organizavam formando ninhos, cujo centro encontrava-se preenchido por pérolas de queratina. Este relato de CCE mamário em cadela demonstra a importância de um acompanhamento oncológico atencioso em quadros de neoplasias mamárias com invasões em vasos linfáticos e recidivas, mesmo após remoção cirúrgica. PALAVRAS-CHAVE: cão, diferenciação escamosa, neoplasia mamária.
RESUMOMetástases de carcinoma mamário podem ocorrer em vários tecidos, porém são incomuns no sistema neural. Objetivou-se relatar um caso de neoplasia mamária primária com metástase no cérebro, cerebelo, pulmão e linfonodo. O animal em questão era uma cadela da raça Shih-Tzu de sete anos de idade, com histórico de neoplasia mamária com recidiva após exérese cirúrgica. O diagnóstico da neoplasia mamária foi carcinoma tubular com êmbolos neoplásicos em vasos linfáticos e metástase em linfonodo. Após a exérese cirúrgica a cadela retornou para atendimento apresentando sintomatologia compatível com síndrome vestibular. Foi realizada a eutanásia e durante a necropsia observou-se massa no lobo caudal do pulmão direito, assim como aderência da dura-máter no osso temporal e occipital, na região do hemisfério cerebral direito e cerebelo, respectivamente. Após retirada do encéfalo e cerebelo verificou-se presença de duas massas localizadas no encéfalo e cerebelo, respectivamente. A massa localizada no encéfalo direito adentrava a substância branca, apresentava coloração pardacenta, bordas ligeiramente irregulares, medindo aproximadamente 2,5 cm de diâmetro, em contrapartida, a massa no cerebelo era elevada, brancacenta, de formato irregular, medindo aproximadamente 2,0 cm de diâmetro. Microscopicamente havia áreas multifocais, circunscritas, de proliferação de células epiteliais, formando ácinos, compatíveis com metástase de carcinoma mamário. As metástases pulmonares de carcinoma mamário são comuns, porém infrequentes no sistema neural. No caso em questão os sinais neurológicos apresentados pelo animal foram ocasionados pela metástase de carcinoma mamário reforçando a necessidade de diagnóstico precoce e acompanhamento de cadelas portadoras de tumores de mama, mesmo após a exérese cirúrgica. PALAVRAS-CHAVE: canino, disseminação, neoplasia mamária.
RESUMOFoi encaminhado ao setor de Patologia Animal da Universidade Federal de Uberlândia um caprino, macho sem raça definida, adulto, proveniente de uma caprinocultura localizada no município de Uberlândia. O animal havia morrido após manifestações de sinais clínicos respiratórios e intolerância a exercícios físicos. O exame necroscópico revelou artéria aorta rígida, com intima de aspecto rugoso, espessamento da parede e presença de placas irregulares, brancacentas e elevadas, que rangiam ao corte. Microscopicamente observou-se acúmulo de substância basofílica, granular amorfa na camada média do vaso. Os achados macro e microscópicos foram compatíveis com calcinose enzoótica. No Brasil central essa enfermidade tem sido associada à ingestão de plantas tóxicas com ação calcinogênica. Porém, a espécie de planta responsável pela calcinose não tem sido identificada. A propriedade de origem do caprino está localizada em região de cerrado, com solo pouco fértil. Um dos fatores que pode estar associado a ocorrência de calcinose enzoótica, é a presença de pastos degradados com plantas daninhas. A calcinose enzoótica em ruminantes na região de Uberlândia se constitui em desafio no sentido de se descobrir as plantas que podem estar causando a enfermidade. Este relato ressalta a necessidade de estudos epidemiológicos, clínicos, patológicos e experimentais que ajudem a identificar plantas calcinogênicas na região, pois há escassez de tais estudos no cerrado. Como forma de prevenção da calcinose na região pode ser recomendado o cuidado com pastagens degradadas e combate a plantas daninhas.
Osteosarcoma is the most common bone cancer in dogs. It has a high invasion capacity, commonly metastasize and it mainly arises in the medullary canal of long bones of the appendicular and axial skeleton, rarely affecting primarily extra-skeletal sites. Osteosarcoma of primary meningeal origin is extremely rare in human and veterinary medicine. A male, mixed breed dog was admitted at the Veterinary Hospital with a history of being overly excited, having decreased neurological reflexes and development of seizures. As the situation evolved, the animal was euthanized. The animal was referred to the Veterinary Pathology Service for necroscopic examination. The objective of this report was to describe a case of primary extra-skeletal osteosarcoma of the meninges in a dog, which presented clinical signs compatible with a disease originating in the central nervous system and which was diagnosed by histopathological and immunohistochemical analysis.
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