Introdução: A residência médica é uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especialização. O médico residente está constantemente em ambiente e situações de estresse e outros fatores que comprometem seu bem-estar e qualidade de vida. Métodos: Foi realizado um estudo transversal para avaliar a qualidade de vida dos médicos residentes dos hospitais de ensino de Juiz de Fora-MG, durante o ano de 2019. Os sujeitos desta pesquisa foram médicos que estavam cursando a modalidade de ensino de pós-graduação nas áreas de clínica e cirurgia nos seguintes hospitais: Santa Casa da Misericórdia de Juiz de Fora, Hospital Doutor João Felício, Hospital 9 de Julho (Instituto Oncológico) e Vila Verde. A coleta de dados foi realizada utilizando dois questionários: um geral e o WHOQOL-bref traduzido e validado no Brasil. Resultados: Foram analisados questionários aplicados a 22 residentes. Destes, 59,1% eram naturais do município de Juiz de Fora-MG, sendo destes 41,7% do sexo feminino e 80% do sexo masculino. Dentre os residentes, 95,5% não possuem filhos. De acordo com a avaliação da qualidade de vida, 9,1% dos entrevistados consideram muito ruim, 13,6% ruim, 36,4% nem ruim nem boa, 36,4% boa e 4,5% muito boa. Grande parte dos entrevistados (45,5%) se classificou como insatisfeitos com a sua saúde e declarou que a dor física os impedia de fazerem suas atividades, consequentemente a isso, 40,9% alegaram precisar de tratamento médico para levar a vida diária. Apesar desses dados, 45,5% disseram aproveitar mais ou menos a vida. Conclusão: Concluiu-se que grande parte dos residentes se considera insatisfeito com a qualidade de vida e as mulheres relataram apresentar melhor qualidade de vida em relação aos homens.