A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma doença causada por um protozoário do gênero Leishmania spp. Esta zoonose se apresenta com diversas manifestações clínicas no hospedeiro infectado, desde alterações cutâneas a alterações sistêmicas. Estudos com cães positivos para leishmaniose visceral demonstraram alterações no tecido nervoso desses animais. Este trabalho teve por objetivo relatar um caso de cão, naturalmente infectado por Leishmania spp., apresentando alterações neurológicas associadas a esse protozoário. O presente caso descreve-se por manifestação de sinais neurológicos de opstótono e tetania espástica em cão de área endêmica, naturalmente infectado por Leishmania spp. O diagnóstico parasitológico foi realizado após punção aspirativa por agulha fina (PAAF) de linfonodo poplíteo, por meio da visualização, em microscópio óptico, de formas amastigotas de Leishmania spp. Posteriormente confirmados pela reação em cadeia da polimerase (PCR) dirigida ao gênero Leishmania spp. A leishmaniose visceral canina é caracterizada por um espectro amplo e variável de sinais clínicos.
O presente estudo analisou as principais alterações hematológicas de cães positivos para Leishmania spp em esfregaço sanguíneo atendidos na clínica veterinária da UNIDERP no período de fevereiro de 2010 a outubro de 2019. Foram atendidos 55 (100%) cães positivos para Leishmania em esfregaço sanguíneo, sendo que as principais alterações encontradas foram a presença de anemia, hiperproteinemia, linfopenia, trombocitopenia, neutrofilia, eosinopenia, presença de rouleaux eritrocitário e leucocitose. As alterações hematológicas tornam-se importantes para as áreas endêmicas para possível suspeita de Leishmaniose.
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