Introdução: A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é uma doença infecciosa transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma, tendo como principal agente etiológico a bactéria Rickettsia rickettsii, manifestando-se por um quadro febril agudo. Objetivo: A presente revisão narrativa teve por objetivo abordar os aspectos epidemiológicos e clínicos da Febre Maculosa Brasileira no Brasil. Metodologia: Estudo de caráter descritivo e abordagem retrospectiva realizado por meio de uma pesquisa de literatura a partir dos dados obtidos em artigos disponíveis free no banco de dados Medline, PubMed, Scopus e SciELO, publicados no período de 2013 a 2023. Além disso, no intuito de abordar a temática principal de forma mais ampla, também se utilizou a literatura cinzenta e dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN, os quais foram analisados estaticamente por meio dos programas Epi Info e BioEstat. Resultados e Discussão: No Brasil, as principais espécies de carrapatos vetores da Rickettsia rickettsii, bacilos Gram-negativos intracelulares obrigatórios, causadora da febre maculosa são a Amblyomma cajennense e a A. aureolatum. A análise retrospectiva dos dados do SINAN constatou uma média de 163,7 casos e uma letalidade de 31,6. O estudo epidemiológico constatou uma maior incidência e mortalidade por FMB na Região Sudeste, principalmente em homens brancos com idade de 20 a 60 anos. Variáveis como sexo, raça, faixa etária, local de infecção e macrorregião também se mostraram relevantes no estudo. Os sintomas proeminentes incluem febre, cefaléia e mialgia, podendo apresentar um amplo espectro clínico com casos graves. A sorologia é a base do diagnóstico e a imunofluorescência indireta é o teste de preferência. O tratamento de escolha é a doxiciclina do grupo das tetraciclinas. Conclusão: A detecção precoce e o tratamento adequado são importantes para reduzir a morbidade e a mortalidade por patógenos transmitidos por carrapatos.
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