This study consisted of a content analysis of parenting portrayals in the 40 most popular Portuguese male and female content producers on YouTube and Instagram, on a sample of content published in 2019. Female creators give disproportionately greater attention to parenting and are the ones depicting everyday labor related to it, whereas male creators show themselves as fathers in happy and fun moments. By way of their popularity and visibility on social media platforms, and as supported by the social media platforms and advertising realms, celebrities and influencers are amplifying the traditional division of parenting labor through the mechanisms of a postfeminist, hyper-individualistic discourse emphasized by female influencers and celebrities, and of humoristic content that confirms gender stereotypes without social punishment, deployed by entertainment personalities, both male and female.
Este artigo busca iniciar um diálogo sobre a articulação de uma perspectiva epistemológica feminista com os ideais de objetividade jornalística. Para isto, procede a uma revisão bibliográfica do conceito e do histórico da objetividade jornalística e das críticas que recebeu. Isto serve como base para problematizar a prática e discutir a reprodução de desigualdades de gênero no jornalismo. Apesar de a objetividade ser hoje relacionada com a busca pela verdade, nem sempre foi entendida como central ao jornalismo e recebe críticas desde sua adoção. Entende-se que o jornalismo dito objetivo acaba por reproduzir o senso comum, ligado fortemente aos grupos hegemônicos e, assim, patriarcais. No jornalismo, é possível verificar que há uma prática desigual em relação ao gênero, seja na representação das mulheres ou no âmbito de produção do conteúdo. Ainda que a epistemologia feminista standpoint (Harding, 1991, 1993, 1995, 2006; Hartsock, 1981, 1983) aborde o conhecimento científico, é possível aproximar a proposta de um conhecimento situado ao jornalismo, uma vez que é necessário refletir sobre novas possibilidades éticas, considerando uma perspectiva de gênero.
Com o objetivo de compreender de que forma o jornalismo feminista se pode posicionar eticamente, este estudo analisou, através da análise textual (Fürsich, 2009, 2018), os posicionamentos editoriais de duas iniciativas jornalísticas brasileiras contemporâneas que trazem a ideia de equidade de gênero. Ainda que os textos analisados enunciem diferenças significativas nos seus posicionamentos, estes demonstram uma panóplia de abordagens possíveis que levam em conta as desigualdades de gênero e as intersecções das opressões, sem recair nas noções falhas da ética profissional da objetividade tradicional. Os resultados da análise mostram possibilidades de aproximação entre epistemologias feministas e a ética jornalística, nomeadamente com a ética do cuidado e a teoria do standpoint feminista.
Apesar das esperanças depositadas nos potenciais benefícios de uma maior aproximação entre jornalistas e audiências no espaço digital, a possibilidade de as audiências comentarem ou acederem facilmente aos/às jornalistas tornou-se um problema reconhecido. O assédio e os ataques em linha a estes/as profissionais, mais visíveis com o crescimento da extrema-direita, tornaram-se problemas relevantes que têm também dimensões de género. A partir de um estudo tridimensional que incluiu o mapeamento de uma amostra de comentários a notícias, um inquérito a jornalistas e um conjunto de entrevistas em profundidade a mulheres jornalistas, esta investigação procura analisar a situação em Portugal. Os resultados confirmam a presença de discurso abusivo nos comentários a notícias, a perceção pelos/as jornalistas de que o ambiente digital veio agravar a hostilidade contra a imprensa, a falta de confiança nos mecanismos de proteção e como aspetos como o género são relevantes no assédio online.
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