Nos últimos anos, protestos políticos polarizados se tornaram fenômenos visíveis e recorrentes no Brasil. Frente a esse cenário, quais são as potencialidades e os limites apresentados pelos livros didáticos de Sociologia brasileiros para a compreensão e reflexão sobre esses episódios de confronto e mobilização coletiva? Para responder esse problema de pesquisa, realizamos uma análise de livros didáticos de Sociologia para o Ensino Médio aprovados pelo PNLD 2015 e 2018 com o objetivo de subsidiar a produção de um livro de atividades sobre esta temática direcionado a docentes do Ensino Médio. Os resultados dessa análise indicam, por um lado, que suas potencialidades se relacionam à contextualização histórica e à articulação temática neles presentes. Por outro lado, indicam a presença de limites relacionados à reprodução de pressupostos teóricos questionados por abordagens contemporâneas sobre esse tema.
O presente artigo apresenta o processo de desenvolvimento de um material didático para o estudo dos temas de movimentos sociais e ativismo, voltado a educadores do Ensino Médio. Para tanto, parte da análise das limitações nas abordagens desses temas encontradas nos livros didáticos de Sociologia. A partir disso propõe - com base em conceitos estruturantes tais como, confronto político, movimentos sociais e contramovimentos, e na construção de um quadro de princípios orientadores pedagógicos que privilegiem experiências ativas de aprendizado - formas complementares de tratar o tema. O resultado é a proposição de um material didático complementar, com foco em situações didáticas para serem aplicadas em sala de aula, cujo processo envolveu criação, pesquisa e aplicações piloto em sala de aula.
Palavras-chave: material didático; ensino médio; movimentos sociais; ativismo; metodologias ativas
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