This study aimed to investigate the investment-cash flow sensitivity for
Brazilian companies with different degrees of financial constraint according
to the quality level of their corporate governance practices. An investment
model was estimated through GMM for a panel data of 248 Brazilian publicly
traded companies, which were a priori classified in two groups of financial
constraint degrees (high and low) according to the Corporate Governance
Practices Index (IPGC). The results showed that the quality of corporate
governance influences the investment-cash flow sensitivity, and this
sensitivity is negative and significant only for firms with poor governance,
classified with high financial constraint. Furthermore, it can be concluded
that IPGC proved to be an interesting variable for a priori classification
of companies and an important determinant of the investment-cash flow
sensitivity to identify potentially financially constrained firms.
Palavras-chave: Sensibilidade investimento-fluxo de caixa, governança corporativa, IPGC, restrição financeira, status financeiro. SILVA, Breno Augusto de Oliveira. Financial constraint and investment-cash flow sensitivity in Brazilian firms with different degrees of corporate governance. 2018. 94 f.
RESUMO
Este estudo teve como objetivo investigar a relação entre governança corporativa e restrição financeira no Brasil. Com tal finalidade, foi construído um painel não balanceado formado por 248 companhias brasileiras ao longo de 2006 a 2015. A qualidade das práticas de governança foi medida por meio do Índice de Práticas de Governança Corporativa (IPGC), enquanto os índices KZ, WW e FCP foram usados como proxies para o grau de restrição financeira. Os resultados do teste de Mann-Whitney, do teste de correlação de Spearman e de modelos de regressão linear indicaram que há uma relação negativa entre qualidade da governança corporativa e restrição financeira. Esses resultados foram interpretados como uma evidência de que a adoção de melhores padrões de governança pode reduzir restrições financeiras ao mitigar assimetria informacional e conflitos de agência.
Palavras-chave: Governança corporativa, restrição financeira, IPGC.
Em mercados caracterizados por assimetria informacional e conflitos de agência em diferentes níveis, boas práticas de governança corporativa tornam-se essenciais na tentativa de minimizar os impactos das restrições financeiras e propiciar às empresas maior acesso a recursos externos com custos menores. O objetivo deste estudo foi verificar se alguns indicadores financeiros convencionais das empresas listadas nos principais segmentos da B3 (Novo Mercado, Nível 2, Nível 1 e Tradicional) suportam o status de governança atribuído a elas pelo respectivo segmento, de modo a efetivamente classificá-las como mais ou menos restritas financeiramente. Para isso, um painel de dados de uma amostra de 266 companhias abertas brasileiras, durante o período de 2009 a 2014, foi analisado por meio de testes de hipóteses. Os resultados demonstraram que empresas pertencentes a algum nível diferenciado de governança corporativa (Novo Mercado, Nível 2 e Nível 1) apresentaram, para todos os indicadores, valores significativamente maiores do que aquelas listadas no segmento Tradicional. Dentre os níveis diferenciados de governança corporativa, o Novo Mercado foi o que mais se diferenciou do segmento Tradicional, apresentando valores significativamente maiores para todos os indicadores financeiros. A situação econômico-financeira mais sólida e favorável das empresas com práticas diferenciadas de governança corporativa, analisadas no presente estudo, parece respaldar seu status de governança, identificando-as como mais seguras a novos investimentos externos e, portanto, menos restritas financeiramente.
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