Durante o ano de 2008, multiplicaram-se, em todo o mundo, as reflexões sobre as lutas estudantis motivadas pelo 40º aniversário do Maio de 1968. No caso brasileiro, a questão mais paradigmática não foi tanto a discussão das lutas da década de 1960, mas sua “atualização” no contexto nacional, tendo como base possíveis rupturas que as lutas recentes dos estudantes universitários brasileiros, com vários protestos e ocupações entre 2007 e 2008, podem provocar no cenário dos movimentos estudantis no Brasil. Uma das hipóteses centrais propostas neste artigo é que esses movimentos se manifestam de acordo com dinâmicas cíclicas, e pela retroalimentação com outros movimentos sociais. Para observar essa dinâmica de continuidade e ruptura propõem-se alguns elementos para uma abordagem teórico-metodológica que interprete os movimentos estudantis como um movimento social sui generis. Realiza-se também uma análise cíclica das ações coletivas estudantis no Brasil e se avaliam, em perspectiva histórica e comparada com as dinâmicas de outros movimentos sociais, as principais características das lutas dos movimentos estudantis contemporâneos no País.
Este artículo analiza la geopolítica de la pandemia de COVID-19 a partir de tres ejes interrelacionados que permiten observar las respuestas y recomposiciones del poder y de las resistencias: condicionantes geopolíticos, representaciones geopolíticas y escenarios post-pandemia. En el primer caso, se discuten críticamente los antecedentes y las causas de la pandemia, a partir de diferentes coordinadas espacio-temporales, enmarcándola dentro de una crisis civilizatoria más amplia y de los limites ecosistémicos. En el segundo, se propone un cuadro de reorganización espacial con representaciones geopolíticas que subrayan el caos global, la fragilidad política de los bloques regionales y la centralidad adquirida por la acción estatal y las iniciativas locales con arraigo comunitario y territorial. Por fin, se dibujan tres escenarios post-pandemia en disputa: el de la “recuperación”, basado en la lógica del business as usual y del crecimiento económico; el de “adaptación”, con propuestas de reformas del capitalismo frente a la emergencia climática; y, finalmente, el cambio de paradigma hacia una nueva matriz ecosocial, guiada por el anticapitalismo y la justicia ambiental y social.
Retomando o debate clássico entre teoria e prática e entendendo que o conhecimento científico não é apartado da realidade social, bem como da instituição na qual está inserido, o presente artigo abrangente as possibilidades de atualização da pesquisa militante na América Latina hoje. Para isso, discute-se a relação entre desigualdades e produção de conhecimento na América Latina em perspectiva histórica; posteriormente, investiga-se o campo da pesquisa militante na região, discutindo possibilidades de sua atualização e elaborando uma conceituação inicial; depois, resgata-se algumas referencias teórico-metodológicas oriundas de matrizes político-ideológicas clássicas da pesquisa militante na América Latina, examinando alguns de seus aportes no tocante à produção de conhecimentos e à relação teoria/práxis; e, finalmente, dentro do esforço inicial, e inevitavelmente parcial feito ao longo do artigo, de atualização da discussão sobre a pesquisa militante hoje, alguns desafios são elencados, deixando a conclusão aberta, esperando que seu aprofundamento em textos e pesquisas subsequentes permita continuar abrindo espaços teóricos e práticos para o desenvolvimento de pesquisas socialmente engajadas.
Resumo: Apesar de sua prolífica obra e importantes contribuições para as ciências sociais, em particular para a sociologia e a história, e da recente reativação do debate sobre os movimentos sociais no Brasil, o diálogo sistemático com o autor Charles Tilly ainda é tênue no país. Este artigo oferece uma discussão crítica do seu legado no estudo das ações coletivas, de forma geral, e dos movimentos sociais, de maneira mais específica, a partir de uma tripla direção: primeiro, "com Tilly", resgatando suas contribuições teórico-metodológicas clássicas neste campo; segundo, "contra Tilly", discutindo tanto as principais críticas recebidas e controvérsias com outras teorias, escolas e autores, como a busca de respostas renovadas por parte do autor; e, finalmente, "para além de Tilly", assinalando alguns elementos centrais em sua trajetória coletiva e obra mais recente, para além dos quais é preciso avançar. No decorrer desse percurso histórico e teórico, o texto se engaja em uma discussão mais ampla sobre a reconfiguração das ações coletivas e dos movimentos sociais como campo de pesquisa na atualidade.
Este artículo busca analizar la América Latina contemporánea en clave procesual y relacional, a partir de la relación entre movimientos sociales, gobiernos progresistas y Estado. Su objetivo es comprender el ciclo político progresista que se abre en el cambio de siglo de forma paralela a cambios políticos, sociales y económicos más estructuradores. De forma más específica, el texto discute y examina: i) la necesidad de captación del proceso social y la diversidad de formatos de interacción entre movimientos sociales, gobiernos progresistas y Estado en la región; ii) la especificidad de la región, su posición dependiente en el mundo y sus consecuencias sociales y políticas, incluyendo la transformación de la forma Estado, cada vez más transnacionalizado; iii) los principales ejes de conflicto social, oriundos en buena medida de las mediaciones sociopolíticas y de las contradicciones político-económicas; iv) los tipos de gobiernos, los límites del progresismo y las tensiones entre gestión estatal y movimientos sociales.
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