A pecuária brasileira é de suma importância para a economia do país. As pastagens se destacam pelo seu baixo custo, e, quando em bom estado, atendem às necessidades nutricionais dos animais. Porém, as condições atuais dos pastos brasileiros têm sido questionadas quanto à ausência de manejo adequado e pela falta de rotatividade dos animais, resultando em um aumento nas taxas de degradação e nos índices de emissão de gases do efeito estufa (GEE). O objetivo deste trabalho foi abordar o uso de bactérias diazotróficas associativas como alternativa sustentável na produção animal e mitigação dos GEE. Os fertilizantes químicos, além do elevado potencial poluidor, são onerosos ao produtor, fazendo com que a prática não seja satisfatória ao pecuarista. Nesse contexto, o uso de bactérias diazotróficas torna-se uma alternativa viável devido aos seus benefícios para o sistema solo, planta e atmosfera, atuando como promotoras de crescimento vegetal (BPCV) através da solubilização e fixação de nutrientes, além da produção de hormônios de crescimento. O uso desses microrganismos traz benefícios ambientais, pois promove melhores condições para a pastagem, reduzindo a degradação e as emissões de GEE. Além disso, apresenta resultados satisfatórios quanto à produtividade de forragem, beneficiando economicamente o sistema e auxiliando na diminuição dos impactos gerados pela produção animal. Ponderando a constante busca por melhores condições de desenvolvimento e alternativas sustentáveis de produção, o uso de bactérias diazotróficas na pecuária tem se mostrado eficiente mesmo quando não se utiliza fertilizantes.
Objetivou-se com este estudo verificar a influência de compostos alelopáticos liberados por Brachiaria brizantha cv. Marandu na tolerância de bactérias promotoras do crescimento vegetal (BPCV). Foram obtidos extratos da parte aérea e raiz de B. brizantha nas concentrações de 12,5; 25,0; 50,0 e 75,0% e avaliado o efeito no crescimento de 10 estirpes de BPCV utilizando as metodologias de perfuração em ágar e diluição seriada. O experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial, 10 x 5 x 2 com 4 repetições, sendo 10 estirpes bacterianas, 5 constituindo as quatro diferentes concentrações e um tratamento controle (sem extrato) e 2 extratos de compostos alelopáticos, parte aérea e radicular, de B. brizantha. Foi verificado inibição pelo extrato radicular na concentração de 75% para as estirpes UNIFENAS 100-01; 100-13; 100-39; 100-02 e 100-94 pelo método da perfuração do ágar. As demais estirpes cresceram normalmente no meio de cultura em todas as concentrações. De acordo com os dados obtidos foi possível observar que os extratos alelopático de B. brizantha podem interferir no crescimento de estirpes de BPCV, podendo comprometer a eficiência destas quando utilizadas como inoculantes.
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