;. HEPATITE TÓXICA AGUDA RELACIONADA À TINTURA AUTOMOTIVA -RELATO DE CASO. ABCDExpress. 2017;1(2):952.
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTOIntrodução: A exposição às hepatotoxinas pode ocorrer pela ingestão oral acidental ou intencional, inalatória ou por meio do contato com a pele. O fígado é o principal órgão responsável pelo metabolismo de drogas e produtos químicos, sendo, portanto, o principal órgão alvo de muitos solventes orgânicos. A hepatite tóxica pode ser aguda, subaguda ou crônica, se manifestando na maioria das vezes como um quadro insidioso e pode variar desde quadros assintomáticos até quadros graves de hepatite aguda fulminante e cirrose hepática. O diagnostico é feito por meio de uma história ocupacional compatível, alterações em bioquímica hepática e exclusão de outras causas de hepatotoxicidade. O tratamento varia de acordo com a sintomatologia, sendo o mais importante a interrupção da exposição ao fator causal. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com hepatite tóxica relacionada à tintura automotiva. Método: Coleta de dados documentais a partir de registros em prontuário do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (HUCAM) -UFES / Vitória -ES. Relato de caso: Masculino, 32 anos, previamente hígido, pintor automotivo, referindo quadro de fadiga, cefaléia, dor abdominal e febre com início em janeiro de 2017. Na investigação diagnóstica exames laboratoriais demonstraram aumento importante de transaminases (TGO 975 e TGP 1925), função hepática preservada, sorologias negativas para hepatites virais e causas transinfecciosas, excluído hemocromatose, doença de wilson e doenças autoimunes. Evoluiu com melhora clínica e laboratorial importantes, ao ser afastado do possível fator causal, a tintura automotiva, sendo esta a provável causa da hepatite aguda. Conclusão: A hepatite tóxica é uma doença potencialmente grave, prevenível, com sintomatologia variável, sendo o diagnóstico feito por meio de uma história clínica e laboratorial compatíveis, além da exclusão de outras causas. O tratamento se faz basicamente com suporte clínico na maior parte dos casos.
ABCDExpress 2017;1(2):952Codigo: 61184 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo