O status epidemiológico da amebíase está sendo reavaliado desde que a Entamoeba histolytica (patogênica) foi considerada espécie distinta de Entamoeba dispar (não patogênica). Em nosso estudo, realizamos pesquisa de antígenos de E. histolytica em amostras fecais de pacientes residentes na cidade de Belém, Pará, Brasil, utilizando ensaio imunoenzimático (E. histolytica Test, TechLab Inc., Blacksburg, Estados Unidos) disponível comercialmente. Foram analisadas 845 amostras, com positividade em 248 (29,35%). A infecção por E. histolytica foi maior no grupo etário acima de 14 anos (30,36%) que no grupo de 0-14 anos (28,28%), porém sem significância estatística (p < 0,05). Do total de amostras analisadas, 334 foram também investigadas por métodos parasitológicos (direto, Hoffman e Faust et al.). Houve discordância nos resultados dos métodos ELISA e coproscópico em 83 amostras (24,85%), com maior número de positivos no teste imunoenzimático. Assim, nossos resultados sugerem que a amebíase intestinal é um importante problema de saúde pública na Região Metropolitana de Belém.
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