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A pandemia do COVID-19, deflagrada no início de 2020, foi acompanhada por rápida disseminação, taxas de mortalidade sem barreiras sociais e uma corrida científica sem precedentes.Neste cenário mundial o Brasil tem lugar de destaque, pois é o 11º país que mais produziu artigos sobre o assunto. Este e-book tenho o objetivo de expor as pesquisas epidemiológicas, revisões científicas, estudos experimentais pré-clínicos, observacionais e clínicos sobre o assunto COVID-19 -O VÍRUS QUE MOVIMENTOU A CIÊNCIA.Esperamos que tenha uma leitura agradável e possa desfrutar ao máximo o conhecimento transmitido por nossos autores.
Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial, caracterizada em grande parte pelo estilo de vida materno. Nesse contexto, o tipo de parto e o estado nutricional materno vêm sendo investigados como determinantes diretos na adiposidade dos filhos. Objetivos: Verificar a influência do estado nutricional da mãe na relação entre o tipo de parto com o índice de massa corporal (IMC) de escolares, considerando a influência de potenciais confundidores. Material e Métodos: Estudo de coorte transversal, com 1379 crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 17 anos, de escolas públicas e privadas de Santa Cruz do Sul-RS. Peso e altura dos escolares foram mensurados em balança antropométrica com estadiômetro acoplado. A partir disso, o IMC foi calculado através da razão entre peso (kg) pela altura (m). Informações acerca do tipo de parto, peso e altura para cálculo do IMC materno, foram obtidas através de questionário autorreferido. O IMC materno foi classificado em peso normal e excesso de peso. Para a análise dos dados, foi utilizada regressão linear generalizada, considerando significativo um p<0,05. As análises foram ajustadas para: sexo, estágio de maturação, idade da mãe, amamentação exclusiva, peso ao nascer, idade e nível socioeconômico. Resultados: Os dados indicaram que 49,5% das mães tiveram parto normal, e 43% dos escolares apresentaram excesso de peso. Além disso, foi encontrada associação inversa entre parto normal com o IMC de escolares (ß=-0,56; IC95%=(-1,00 -0,12); p=0,01). No que se refere a influência do IMC materno nessa relação, houve associação inversa entre parto normal com IMC apenas nas mães que apresentaram peso normal (ß=-0,64; IC95%=(-1,18 -0,10); p=0,01), considerando a influência de diferentes fatores de confusão. Já nas mães com excesso de peso, não houve associação significativa (ß=-0,45; IC95%=(-1,08 0.17); p=0,16). Conclusão: A obesidade da mãe influencia na relação entre o tipo de parto e IMC dos seus filhos. Portanto, para que haja uma influência positiva no IMC dos seus filhos, a mãe deve preconizar o parto normal, bem como um estado nutricional adequado.
Introdução: Frente ao grande aumento do número de cesarianas, que atualmente são o procedimento cirúrgico mais realizado em mulheres em idade fértil, e considerando que, praticamente 1 a cada 5 mulheres no mundo agora darão à luz por cesárea, urge a necessidade de compreender suas implicações para a saúde da criança. Nesse sentido, acredita-se que o modo de parto influencie o desenvolvimento do sistema imunológico, inclusive por meio da colonização do trato gastrointestinal, e objetiva-se verificar a possibilidade de que uma eventual disbiose nessa colonização inicial, possa resultar em um aumento nas doenças imunomediadas, tais como o diabetes tipo 1, em crianças e adolescentes, considerando o aumento de sua incidência nos menores de 15 anos ao decorrer das últimas décadas. Objetivos: Verificar a influência do tipo de parto na constituição da flora gastrointestinal e sua possível correlação com a manifestação do diabetes mellitus tipo 1 na infância e adolescência. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cuja busca foi realizada na base de dados do Google Acadêmico, utilizando as palavras-chave, Colonization of the gastrointestinal tract; Kids; Teenagers; Type 1 diabetes mellitus; Type of delivery, no período de 2000 à 2020. Já, os critérios de exclusão, levaram em consideração aqueles artigos que, após a leitura, não atendiam ao objetivo, restando 14 artigos. Resultados: Os recém-nascidos por cesárea e por via vaginal, são colonizados, respectivamente, por bactérias da microflora materna e por aquelas oriundas da vagina e/ou períneo maternos. Dessa forma, as crianças nascidas por cesárea caracterizam-se pela ausência substancial de Bifidobacterium e Bacteroides, além de serem mais colonizadas por Clostridium difficile, sendo que, essa diferença na composição microbiótica intestinal inicial pode aumentar o risco de diabetes tipo 1, por causa de uma possível modulação imunológica comprometida do equilíbrio entre os linfócitos TCD4+ auxiliares do tipo 1 e 2. Conclusão: Há um aumento de 20% no risco de diabetes tipo 1 com início na infância e/ou manifestação na adolescência, após parto cesáreo, cujo aumento não pode ser explicado por potenciais variáveis confundidoras conhecidas.
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