O presente estudo analisou notícias e reportagens sobre a aprovação de Matheus Araújo Moreira e Débora Souza Rocha em cursos de Medicina oferecidos por universidades públicas brasileiras. Considerando os obstáculos sociais enfrentados pelos jovens no processo de aprovação, constatamos que a maneira como a mídia apresentou a trajetória de Matheus e de Débora reforçou a meritocracia como um mecanismo justo de acesso às Universidades. Nesse contexto, observou-se que a mídia falhou em cumprir seu papel social de denunciar as condições precárias que dificultam ou impossibilitam o acesso ao Ensino Superior, além de negligenciar a responsabilidade do Estado em garantir direitos constitucionais fundamentais. Para embasar a análise, dialogamos com a obra “A tirania do mérito, o que aconteceu com o bem comum?”, de Michael J. Sandel (2020), e “A cilada da meritocracia”, de Daniel Markovits (2021). Como resultado, constatou-se que a maioria das notícias e reportagens reforçou o mérito individual de Matheus Araújo e de Débora Souza, atribuindo ao indivíduo a responsabilidade por problemas que são sistêmicos.
Introdução: as Práticas Integrativas e Complementares (PICS) foram institucionalizadas no sistema único de saúde por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). São recursos terapêuticos que buscam não só a recuperação da saúde, mas também a prevenção de doenças, e têm ênfase na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. O objetivo deste estudo foi realizar o levantamento do uso das PICS pelos profissionais nos serviços da Atenção Primária à Saúde (APS) em um município de médio porte do estado do Paraná. Método: foi realizado um estudo descritivo com aplicação de questionário eletrônico no Google Forms com todos os profissionais da APS de todas as unidades de saúde da família do município. Resultados: participaram 242 profissionais, destes, 31 (12,81%) utilizam PICS em sua atuação na APS e 122 (50,41%) não conhecem as PICS. A PIC mais utilizada foi a Fitoterapia (44,11%), seguida da Auriculoterapia (17,64%) e da Osteopatia (11,76%). Os profissionais que mais utilizaram PICS foram os residentes do programa multiprofissional em saúde da família, os médicos e os agentes comunitários de saúde com 19,35% cada categoria. Somente 8,26% dos participantes relataram que receberam capacitação sobre o uso das PICS. Conclusão: foi possível observar que mesmo com a PNPIC aprovada desde 2006, a utilização das PICS na APS do município estudado ainda é modesta. Assim, vale propor maior investimento em capacitação, educação permanente e/ou outras estratégias para melhorar a compreensão sobre as PICS e seu uso na atenção primária à saúde.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.