RESUMOEste estudo analisou a concepção de operadores do direito acerca do assédio moral no trabalho, sua avaliação nas instâncias jurídicas, o perfil dos trabalhadores vitimados atendidos, assim como o papel do Direito e da Psicologia em relação ao fenômeno. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas junto a seis operadores do direito. Com base na análise de conteúdo das entrevistas, constatou-se uma tendência, entre os entrevistados, de perceberem a natureza organizacional do fenômeno. o medo dos trabalhadores em denunciar eventos dessa natureza foi outro elemento apontado. Os participantes afirmaram ser muito difícil avaliar e comprovar o assédio nos casos que recorrem às diferentes instâncias jurídicas. Quanto ao papel da Psicologia, os entrevistados referem sua importância para a produção de conhecimento, avaliação psicológica dos casos e prevenção da violência psicológica nas organizações. Em relação ao papel do direito, reiteraram que as instâncias legais sejam espaços de garantia de direitos e reparação de danos.Palavras-chave: assédio moral no trabalho; violência psicológica no trabalho; operadores do direito; psicologia jurídica; avaliação psicológica ABSTRACT this study analyses the concept of mobbing at work among operators of the law. the assessment of this practice at legal institutions, the profile of workers affected, and the role of Law and Psychology toward this phenomenon are investigated. Six operators of the law participated by semi-structured interviews. Based on content analysis of the interviews, it was observed a tendency to perceive the organizational nature of mobbing at work. another element pointed by participants was the fearfulness of workers in reporting such kind of violence. the interviewed professionals also referred the hardness to assess mobbing in those cases that appeal to legal institutions. about the role of Psychology, they affirmed its importance to production of knowledge, psychological assessment of workers and prevention of psychological violence in organizations. Concerning the role of law, they had reiterated that legal instances are spaces of guarantee of rights and repairing of damages.Keywords: mobbing at work; psychological violence at work; operators of the law; forensic psychology; psychological assessment.
Resumo Partimos da reflexão acerca das políticas públicas de Assistência Social e como as interfaces raça, racismo e branquitude emergem na produção de conhecimento. Inspiradas na ideia de pluriversalidade questionamos o universo conceitual branco, trazendo como reflexão as produções em Psicologia que se centram em um ideário eurocêntrico, masculinista e heterocentrado. Apresentamos uma discussão sobre o tema da raça e racismo, pensando como estes se articulam tanto na constituição e implementação das políticas públicas, quanto na sua precarização. Para finalizar, afirmamos a necessidade de descolonizar a produção em Psicologia Social, colocar a branquitude em jogo, dissolver a ideia de sujeito universal e assumir a necessidade de pensarmos e publicarmos a partir de uma perspectiva polirracional. Acreditamos que as políticas de produção de saberes e fazeres em Psicologia devem estar atentas à geopolítica do conhecimento, dialogando com diversidades epistêmicas espalhadas em distintas regiões do planeta, sobretudo aquelas do Sul Global.
O objetivo deste artigo é apresentar os resultados da análise documental realizada a partir dos documentos que legislam e orientam a Política de Assistência Social. A análise pautou-se no rastreio de como as expressões ‘vulnerabilidade’, ‘risco’ e ‘autonomia’ emergem e são operados na política em questão. A análise aponta que, inicialmente, as expressões vulnerabilidade e risco aparecem frequentemente juntas e sem discernimento. Ao longo dos anos vulnerabilidade para a ser conceituada; já a situação de risco se mantém caracterizada apenas a partir de exemplos. Autonomia também não é conceituada e ganha maior importância em 2013, onde é enfatizado que está atrelada a garantia dos direitos básicos. Finalizamos com problematizações quanto à homogeneização da população pobre, bem como com a possibilidade da universalidade nas políticas públicas sustentar as desigualdades sociais que deveria combater.
Este artigo tem como objetivo discutir possibilidades teóricas no que tange às narrativas de mulheres, dando a ver um ensaio composto por plurais vozes. Partimos do campo da Psicologia Social, a fim de pluralizar suas referências diante daquilo que incide do/no tempo presente e que permeia as discussões pertinentes aos estudos de gênero. Para tanto, buscamos dialogar com autores e autoras que não costumam frequentar as páginas de textos desta área, tais como Conceição Evaristo. Nossa aposta metodológica pauta-se na ideia de narrar enquanto meio de produção de histórias de mulheres que, por sua vez, produzem conhecimento; elegemos um viés interseccional, numa discussão que leve em conta marcadores de raça, gênero e classe social. Deste modo, pactuamos com a ideia de que a produção de conhecimento em Psicologia possa se dar pela produção de novas narrativas, nas quais estas mulheres sejam reconhecidas como protagonistas e porta-vozes de suas próprias histórias.
Resumo: No presente artigo, sustento uma política de escrita que, baseada nas proposições de autoras como bell hooks e Gloria Anzaldúa, não opera a separação entre vida e escrita, entre pessoal e político. Nesse sentido, partindo de memórias que evocam questões raciais em diferentes períodos da minha trajetória de afirmação como mulher negra de pele clara, esse trabalho objetiva visibilizar aspectos acerca dos processos sócio-históricos de embranquecimento e genocídio da população negra brasileira que atravessam a autodeclaração racial e afirmação da negritude em nosso país. Trazendo contribuições da produção intelectual de bell hooks e Neusa Souza, aponto a potência do exercício da militância e da escrita como chaves antirracistas que nos auxiliam no percurso em direção à desconstrução da branquitude e à superação do que Sueli Carneiro nomeia como a “dor da cor”.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.