A Malformação de Chiari (MC) pertence a um amplo grupo de raras deformidades estruturais da junção craniocerebelomedular. O tipo I da doença caracteriza-se pela herniação tonsilar ou amigdaliana cerebelar devido à anomalia da base do crânio e da parte superior da coluna cervical, além de a porção medial do lobo inferior do cerebelo pelo canal cervical também se protuberar através do forame magno, impedindo que o líquor flua normalmente através do canal. A real prevalência da doença é desconhecida, pois muitos pacientes com herniação cerebelar são assintomáticos e o problema agrava-se na fase adulta, com queixas de cefaleia intensa e, por vezes, parestesia. O objetivo deste estudo é relatar um caso de síndrome de Chiari (SC) em uma paciente de 53 anos, ao abordar sua apresentação clínica, diagnóstico e tratamento. Paciente do sexo feminino, 53 anos, foi admitida em um hospital da rede pública de referência se queixando de cefaleia occipital intensa e cervicalgia com irradiação da dor para os membros superiores, acompanhada de parestesia nos quatro segmentos. Relatou já sentir dor há 2 anos, mas apresentou piora do quadro clínico há 8 meses. Foi, também, observada incontinência urinária devido à dissinergia detrusora-esfincteriana por provável bexiga neurogênica. Foi, então, realizado exame de imagem de ressonância magnética (RNM) do crânio e da coluna cervical, com obtenção de sequências ponderadas em T1, T2 e STIR, nos planos sagital e transverso com contraste, o qual evidenciou leve alargamento medular, além de sinais de hidrossiringomielia difusa, com hipossinal na sequência T2 intramedular na altura de D1-D2 (coluna dorsal). Foi notada discreta herniação das tonsilas cerebelares junta ao forame magno, típica da SC, sendo, por fim, confirmado o diagnóstico. A paciente, no entanto, não apresentava hidrocefalia, mesmo com a interrupção do fluxo do líquido cefalorraquidiano (LCR) para o canal vertebral. Ela encaixou- se nos parâmetros de indicação cirúrgica, sendo realizada craniotomia occipital, com acesso ao plexo coroide do quarto ventrículo do tronco encefálico com o intuito de elevar as tonsilas cerebelares baixas, herniadas no canal espinhal cervical e bloqueando o fluxo do LCR. Após a descompressão craniocervical, o curso do líquor foi restaurado e a paciente foi, por fim, encaminhada à sala de recuperação pós-operatória. A SC é uma rara doença que apresenta quadro clínico e alterações radiológicas complexas e extensas e, por vezes, o diagnóstico é retardado devido à inespecificidade dos sintomas confundidos com cervicalgias e cefaleias comuns. A hipótese diagnóstica deve ser embasada nas queixas do paciente, na anamnese minuciosa, exame clínico e nos exames de imagens, sendo a prevalência desta patologia de difícil definição e com faixas etárias distintas.
Considerando-se a situação atual mundial, marcada por importantes crises na saúde pública e, mais recentemente, a pandemia causada pela COVID-19. O presente artigo buscou reunir informações e achados de pesquisa a respeito do impacto de tais crises na saúde mental. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa de literatura. A busca dos artigos científicos foi realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e PubMed. Foram selecionados 10 artigos para compor o atual estudo entre 2020 - 2021, posteriormente foram elaboradas discussões acerca dos estudos. O texto traz conceitos relacionados à problemática do novo coronavírus e analisa consequências de medidas adotadas para lidar com situações desse tipo, tem-se notado um pânico generalizado e deterioramento da saúde mental da população. Os achados sugerem um impacto psicológico imediato na população, sendo essa situação secundária à pandemia. Foi observado um aumento no número de sintomas de ansiedade, e até mesmo de depressão. Podemos concluir que, os efeitos da pandemia vêm atingindo de forma direta e indireta a saúde mental dos indivíduos nos mais diferentes aspectos, o que implica em uma situação delicada de saúde pública, que merece receber atenção.
A síndrome de DiGeorge (SDG), também conhecida como síndrome velocardiofacial, é uma condição neurogenética autossômica dominante de interesse global caracterizada pela microdeleção do cromossomo 22q11.2, na qual não há predileção por gênero ou raça. A doença é conhecida pela tríade clássica as cardiopatias congênitas, timo hipoplásico – ou aplásico – e hipocalcemia decorrente da hipoplasia paratireoidiana O diagnóstico da síndrome baseia-se em dois exames laboratoriais, a Hibridização Genômica Comparativa baseada em microarray (aCGH) e a Hibridização por Fluorescência in situ (FISH), ambas com a finalidade de investigar o distúrbio genético e o tratamento consiste em tratar as alterações decorrentes da patologia. O objetivo estudo é analisar o manejo e o prognóstico da síndrome de DiGeorge por meio de um apanhado de casos clínicos. Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa, de natureza quantitativa, que utilizou as plataformas PubMed (Medline), Scientific Eletronic Library On-line (SciELO) e Cochrane Library como bases de dados para a seleção dos artigos, todos na língua inglesa. Foram utilizadas literaturas publicadas com recorte temporal de 2017 a 2022. De acordo com as literaturas analisadas, foi observado que a SDG requer diligência por parte dos profissionais da saúde no que concerne ao seu manejo, vide os vários fenótipos, desde leves a graves, da patologia. Por ter envolvimento multissistêmico, é essencial que, mesmo antes do diagnóstico, os distúrbios inerentes à síndrome sejam tratados e sujeitos à suspeição por intermédio da equipe, a qual necessita ter conhecimento acerca dessa possibilidade, haja vista a eventualidade de um pior prognóstico aos pacientes portadores.
Introdução: Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome complexa de grande importância e demonstra ser um entrave crescente no sistema de saúde mundial, sendo a adesão ao tratamento definida pela união entre as orientações e prescrições do profissional de saúde e a conduta do paciente. Objetivo: Avaliar a adesão ao tratamento dos pacientes com DM2 em uma Unidade Básica de Saúde. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal no qual foi utilizado um questionário para obtenção de dados socioeconômicos, demográficos e estilo vida; o questionário de Medida de Adesão aos Tratamentos; o Questionário de Frequência de Consumo Alimentar e o Questionário Internacional de Atividade Física versão curta. Os dados obtidos foram agrupados no programa Microsoft Excel® 2016 e analisados no programa Stata® versão 16.0. Resultados: Foram entrevistados 60 indivíduos, sendo 66,67% (n=40) do sexo feminino. Destes, 60% (n=36) tinham de 40 a 80 anos e 46,67% (n=18) eram casados. Quanto à frequência de consumo alimentar, mais de 68% (n=41) da amostra consumiam vegetais e frutas regularmente, contudo 58,33% (n=35) consumiam frituras diariamente ou semanalmente. Quanto à adesão aos tratamentos, 73,08% (n=44) dos entrevistados possuíam boa adesão à terapêutica medicamentosa. Ademais, pode-se verificar que apenas 26,7% (n=16) são considerados fisicamente ativos, sendo 55% (n=33) dos pacientes insuficientemente ativos B. Considerações finais: A adesa~o dos pacientes entrevistados ao tratamento medicamentoso e ao plano alimentar foi positiva, contudo, a maioria dos entrevistados se encontra insuficientemente ativo. Enfatiza-se que os pacientes devem receber incentivo e educação em saúde, pois mesmo pequenas mudanças são benéficas no controle da doença. Palavras-chave: Diabetes Mellitus tipo 2, Adesão, Alimentação, Atividade física.
A Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo (SAAF), ou Doença de Hughes, é uma doença sistêmica autoimune caracterizada pela presença de anticorpos antifosfolípides (aPL), como anticorpos anticardiolipina (aCL), anticorpos anti-β2-glicoproteína 1 (β2GPI) e anticoagulante lúpico (LA). Manifestações cardíacas, hematológicas, obstétricas, nefrológicas e neurológicas fazem parte do quadro clínico da patologia. Pacientes obstétricas portadoras de SAAF são propensas a desenvolverem abortos espontâneos, morte fetal ou parto prematuro devido à restrição de crescimento intrauterino (RCIU), toxemia pré-eclâmpsia (TPE), eclâmpsia e outras consequências da insuficiência placentária. Nesse sentido, as gestantes necessitam de terapia medicamentosa a fim de evitar tais complicações na gestação. Portanto, o objetivo do estudo é discorrer sobre a síndrome do anticorpo antifosfolipídeo em pacientes obstétricas. Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa, que utilizou as plataformas PubMed, SciELO e Cochrane Library como bases de dados para a seleção dos artigos científicos, na língua inglesa. De acordo com as literaturas analisadas, as complicações obstétricas podem ser tratadas por meio dos antagonistas da vitamina K, heparina e terapia antiplaquetária, como aspirina em baixas doses. A pravastatina é eficaz no tratamento da pressão arterial e proteinúria, além da melhora da perfusão placentária, com diminuição do risco de pré-eclâmpsia. A hidroxicloroquina previne fenômenos trombóticos e as complicações na gravidez, bem como o Certolizumabe, que inibe o fator de necrose tumoral alfa (TNF-????), responsável pela reação inflamatória da SAAF.
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