Objetivo: Avaliar a prevalência de dermatoses entre estudantes de medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais durante a pandemia da Covid-19; e também comparar a epidemiologia de tais condições durante esse período, avaliando o impacto do distanciamento social nas doenças cutâneas. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal desenvolvido por meio da aplicação de um questionário online no Google Forms, entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021. Resultados: Foram incluídos no estudo 288 alunos, e novos casos de dermatoses foram relatados por 42,7% dos participantes, enquanto 25,7% deles alegaram agravamento de lesões pré-existentes. Acne (70,1%), queda de cabelo (33,3%), dermatite atópica (15,6%), dermatite de contato (11,8%) e dermatite seborreica (8,7%) foram as condições mais prevalentes. Dentre os principais fatores relacionados a esses agravos se destacam: implicações psicossociais relacionadas ao isolamento social e ao estado de elevado estresse e ansiedade observado nesse período; agravos relacionados ao uso prolongado de EPI’s; e a própria infecção pelo SARS-CoV-2. Conclusão: A incidência de afecções cutâneas teve um aumento substancial, estando associada a diversos elementos clínicos, psicossociais e comportamentais desencadeados pela pandemia. Portanto, este estudo contribui para mostrar o impacto desse período de crise sanitária na epidemiologia das doenças cutâneas.
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