Introdução: Tempo de início da hemodiálise (HD) desempenha um papel importante nos desfechos dos pacientes. Objetivo: Analisar as consequências de um tempo prolongado para início da realização de HD, em pacientes críticos com lesão renal. Métodos: Quantitativo, analítico e retrospectivo, por meio de coleta de dados em prontuários eletrônicos de pacientes. Resultados: Cerca de 41,66% (n= 70) dos pacientes aguardaram um período maior que 24 horas para hemodiálise. O risco de óbito antes da realização da HD é 5.15 vezes maior quando o tempo até a hemodiálise é posterior a 24 horas. Conclusão: É preciso evitar tais mortes com uma nova forma de repensar a gestão de recursos de saúde.
Essa pesquisa visa demonstrar um panorama geral dos transplantes post mortem de órgãos pediátricos, no Distrito Federal (DF), com o intuito de identificar em que esferas as ações de saúde e as estratégias de conscientização da população e dos profissionais de saúde são mais necessárias, para que se aumente a quantidade de doadores efetivos e para que se estimule a criação de uma cultura de doação, superando os mitos e preconceitos a respeito do assunto. O objetivo do projeto foi coletar os dados epidemiológicos dos potenciais doadores de órgãos pediátricos, que sofreram morte encefálica (ME), de 0 a 18 anos, no DF, dos últimos 4 anos. Foi um estudo transversal/ retrospectivo, onde foram analisados prontuários de crianças e adolescentes (N=146) em ME acompanhados pela equipe da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) do DF, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2016. Da população analisada (N=146), apenas 34,2% (N=50) efetivaram a doação de órgãos. Entre o período de tempo analisado, observou-se uma constante no número de potenciais doadores e porcentagem de doadores efetivos (N=40/32,5%, N=38/28,9%, N=35/42,8% e N=33/33,3%). Verificou-se ainda predominância de adolescentes (51,4%), sexo masculino (67,8%) e cor parda (57,5%). No que se refere a faixa etária, foi observada uma semelhança de porcentagem entre escolares (18,5%) e lactentes (17,1%); apenas 12,3% de pré-escolares e 0,7% (N=1) recém-nascidos. Entre os motivos de internação e óbito verificou-se a predominância de causas externas (41,1%), dessas, 21,9% por atropelamento; 18,5% perfuração por arma de fogo e 0,7% enforcamento; e 13,7% por tumores cerebrais. Primeiro atendimento de 84,9% foi realizado na rede pública. Ao analisar onde o protocolo de ME foi iniciado, percebe-se aumento de indivíduos na rede pública (93,8%) sugerindo-se que os pacientes com agravamento da situação de saúde, foram transferidos para hospitais especializados da rede pública do DF. Quanto a notificação, verifica-se que 25,4% dos casos declarados foram por busca ativa pela equipe (OPO-DF) sendo o restante por notificação da equipe assistencial (68,5%); em 6,1% dos prontuários não havia informação sobre esse dado. Os motivos mais frequentes para não doação decorrem de parada cardiorrespiratória antes do encerramento do protocolo (36%), recusa dos familiares (25%) e neoplasia maligna (18%). Quanto aos tipos de órgãos, em média são doados 3 por paciente; predominam rins (34%) e fígado (25,7%). A maioria das retiradas (78%) ocorreram no Instituto de Cardiologia do DF. É necessário, como aponta a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, planejar estratégias deincremento no transplante pediátrico no Brasil, como educação para a população. Adolescentes pardos do sexo masculino são mais vulneráveis à morte encefálica por causas externas, em sua maioria evitáveis. É preciso uma maior atenção à situação de segurança dessa população pelas autoridades governamentais. Percebe-se ainda que existe um aumento da conscientização das equipes de saúde em notificar a CNCDO/DF sobre a suspeita de ME e isso tem relação com um maior preparo e eficiência das equipes assistenciais. Mas esses números podem aumentar, principalmente diante da fila de crianças que ainda esperam o transplante para sobreviver
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