resumo O objetivo deste artigo é identificar um método de triagem nutricional específico para utilização em idosos brasileiros domiciliados. Artigo de revisão sistemática utilizando as bases de dados PubMed, Lilacs e Web of Science para a obtenção de artigos. Os critérios de elegibilidade foram: artigos sobre métodos de triagem nutricional para idosos. Os artigos foram lidos por avaliadores que selecionaram os métodos de triagem e classificaram, segundo evidência de dados de validade, reprodutibilidade e aceitabilidade. O programa EndNote foi utilizado para gerenciamento dos artigos. Foram identificados 12 métodos de triagem nutricional, 3 desenvolvidos para população estadunidense e nenhum para população brasileira. Em 7 métodos o modo de preenchimento foi autorrespondido, sendo que 4 apresentavam dados antropométricos. A reprodutibilidade e a validade foram identificadas em 8 e em 1 método, respectivamente, contudo apenas o método Determine Your Nutritional Health® -DNH, apresentou dados de aceitabilidade, aspecto fundamental na escolha de método para adaptação e utilização em outro país. Dentre os métodos analisados, o DNH apresentou-se como o mais apropriado para adaptação transcultural e utilização em idosos brasileiros domiciliados. Palavras-chave Avaliação nutricional, Estado nutricional, IdosoAbstract The scope of this article is to identify a specific method of nutritional screening for use on elderly Brazilians living at home. It is a systematic review article using the PubMed, LILACS and Web of Science databases. The eligibility criterion was articles about nutritional screening methods for the elderly. The articles were read by evaluators who selected the methods and classified them according to evidence of validity, reproducibility and acceptability. EndNote software was used for scrutiny of the articles. Twelve methods of nutritional screening were identified, 3 being developed for use in the US population (n = 4), though none for the Brazilian population. In seven methods, the forms were filled out by the elderly themselves, and 4 of these presented anthropometric measures. Only one method produced information on acceptability. Reproducibility and validity was identified in 1 and 8, respectively, however only the Determine Your Nutritional Health® -DNH method presented acceptability data, which is a fundamental aspect in the choice for adaptation and use of the method in another country. Among the methods studied, the DNH was the most appropriate for cross-cultural adaptation and use on elderly Brazilians living at home.
Demetra; 2017; 12(4); 959-977 960 do espaço que teve para relatar sua experiência, contemplando suas dificuldades e avanços. Palavras-chave:Educação Alimentar e Nutricional. Nutricionistas. Educação em Saúde. Educação Superior. Capacitação de Recursos Humanos em Saúde. AbstractObjective: To describe the use of field diary as a training strategy for undergraduate students in the facilitation of groups of food and nutrition education. Methodology: Twelve reports of field diaries produced by undergraduate students (G1 and G2) were used, who facilitated groups of food and nutrition education constructed upon the benchmarks of Operative Group, from the Food and Nutrition Reference Center -CRNutri. After each of the six meetings, the students wrote their diaries, containing a detailed description of the meetings and their perceptions about the group. To evaluate the facilitation process, the contents of the diaries were confronted with skills and competencies required to a nutritionist in food and nutrition education. The group process was characterized by the evaluation of the Operative Group vectors. Results and Discussion: Fourteen skills and competencies were identified. Changes in facilitation held by students were noticeable, such as: the need for preparation prior to the meeting, the search for complementary theoretical references, self-perception of the initial difficulties and reflection on the educational process. The evaluation of the Operative Group vectors (learning, communication, belonging, cooperation, pertinence and tele) was identified in both groups, showing how the group process was built throughout each meeting. Conclusions: The field diary, inserted in the student training process, represented not only an instrument which explained how training was taking place, but also provided an opportunity to reflect on the work done, given the scenery students had to report their experience, contemplating their difficulties and advances.
RESUMO SANTOS, B. Z. B. dos Avaliação da vivência de participantes em dois modelos de grupos educativos em alimentação e nutrição. 2018. Dissertação -Faculdade de Saúde Pública, São Paulo, 2018.Introdução: A prática de grupos é um tipo de assistência em saúde que vem sendo realizada na Atenção Básica. A alimentação é um dos assuntos que são abordados nessa prática, uma vez que esta é um fator de risco modificável para o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis. Diante desse quadro, os profissionais de saúde contam com a Educação Alimentar e Nutricional que visa promover a prática de hábitos alimentares saudáveis. Para a avaliação de grupos, eles fazem uso, principalmente, de dados objetivos. No entanto, a realização de uma avaliação a partir de uma perspectiva de dados qualitativos tem sido cada vez mais utilizada pela importância de se estabelecer uma relação direta com os sujeitos, conhecendo as suas vivências. Objetivo: Analisar a vivência de participantes submetidos em dois modelos de grupos educativos de alimentação e nutrição realizados no âmbito da Atenção Básica no município de São Paulo. Métodos: Pesquisa avaliativa com abordagem qualitativa, realizada no Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza com os usuários que estiveram presentes, pelo menos, em metade dos encontros dos grupos de alimentação e nutrição tradicionalmente realizados pelo local no ano de 2015 (Modelo A) e de um outro grupo, implantado por meio de pesquisa, no ano de 2016 (Modelo B). Grupos do Modelo A possuíam como objetivo incentivar e apoiar as mudanças alimentares enquanto que grupos do Modelo B tinham como intenção o fortalecimento da autonomia nas escolhas alimentares. Ambos os Modelos possuíram enquadres semelhantes, sendo o A formado por sete encontros e o B por seis com duração de 1h30min cada. A condução de grupos do Modelo A foi realizada pela equipe responsável pela assistência nutricional do local e, do Modelo B, por uma nutricionista doutoranda, idealizadora do modelo de intervenção, juntamente com o apoio de uma observadora e também da equipe. A produção dos dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com 7 participantes do Modelo A e 8 do B. Essas entrevistas foram transcritas e submetidas à Análise de Conteúdo Temática com o auxílio do software NVivo11. Para esta pesquisa, utilizou-se um recorte dos resultados dessa análise que se referia a avaliação da vivência. Resultados: Emergiram quatro categorias e 12 unidades temáticas. Todas as categorias estiveram presentes em ambos os Modelos, sendo elas: Modelo Educativo, Comparecimento, Potencialidades e Fragilidades do grupo educativo de alimentação e nutrição. Oito unidades temáticas emergiram no Modelo A e essas também estavam presentes no Modelo B. Além dessas oito, o Modelo B apresentou mais quatro unidades temáticas. Verificou-se que, em ambos os Modelos, a vivência em grupo propiciou o reconhecimento de estratégias didáticas utilizadas, incentivo ao cuidado, ganhos a partir da convivência com o outro, como ampliação de conhecimento ...
Introdução: As políticas públicas de saúde têm reforçado a importância do empoderamento e da autonomia dos indivíduos, mas esses aspectos são desconhecidos na área da Nutrição. Objetivo: Identificar elementos que contribuem para o fortalecimento do empoderamento e autonomia nas escolhas alimentares de participantes de grupos de Educação Alimentar e Nutricional. Métodos: Pesquisa qualitativa na perspectiva das representações sociais realizada na Atenção Primária à Saúde da cidade de São Paulo, Brasil. Foram desenvolvidos dois grupos contendo usuários com doenças crônicas. Esses usuários, com idade de 47 a 78 anos, compareceram em média a seis encontros grupais, em um período de três meses. Para explorar a vivência dos participantes, a fim de compreender como eles atribuem sentidos e significados a suas escolhas alimentares, realizou-se entrevista semiestruturada com 15 usuários, pós-intervenção. Para a análise dos dados, aplicou-se a análise de conteúdo temática. Resultados: Cinco temas emergiram: autopercepção, informação e conhecimento, capacidade pessoal, atitude e adaptação ativa às escolhas. Os quatro primeiros foram identificados como elementos de empoderamento, pois evidenciaram a ampliação da capacidade dos indivíduos de pensar e agir criticamente frente às escolhas alimentares. O último foi formado pelo confronto de determinantes, responsabilização e negociação interna, que se revelaram elementos da autonomia, uma vez que configuraram transformações construídas pelos próprios participantes, pós-intervenção. Conclusão: Os elementos identificados mostraram compor a avaliação da autonomia nas escolhas alimentares dos indivíduos, podendo constituir indicadores de avaliação da Educação Alimentar e Nutricional, bem como avaliar e monitorar as práticas de cuidado preconizadas na promoção da saúde.
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